sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Citação...

"Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É que estás a ganhar raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio."
Saint-Exupéry

...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

... após...

Sempre após uma tempestade dolorosa e rubra, vem o mais branco e agonizante silêncio...

domingo, 12 de outubro de 2008

Aqui, deixo...

Abdicar... por isso somos perfeitos. Dentre tantas imperfeções o ser-humano se mostra fruto da negação. Aceitar os fatos como são o levam à agonia, à dor, e a perseverança dá lugar ao desespero, e ao simples fato de renegar tudo aquilo que uma vez foi sonhado.

Somos perfeitos, pois somos alpha e zetha. O início surge de um fim, e o fim nada mais é que a morte. Simbolos que procrastinam a indugência de factualmente regeitar o ser e transformar-se humano... por natureza. E no refugio da alma encontramos uma saida... abdicar os ideais em prol de um novo horizonte, de uma nova era, de um novo rumo. A futilidade que nasce no amago de nosso espirito se transforma em uma rocha concreta, cheia de ideias que nos levam a sabedoria popular de um inconsciente coletivo, transtornado-nos, escondendo sentimentos no mais profundo e obscuro mundo que fazemos questão de perder. E são essas perdas que nos moldam, que nos multam.

Somos vivos por abdicar o real e refougar-se nas sensações profundas de amor. Somos amantes do nada, pois no nada se encontram nossas projeções que através de lampejos nos dizem "a vida é essa". Mas a vida está morta. Pois a morte é o unico fato, pois é o recomeço de tudo, é um sol que se levanta por detras das mais altas colinas, e que com sua luz branca nos faz enxergar o que é ser humano, e o quão verde são nossos quintais.

Pois estou aqui a abdicar a morte, esperando a vida me atingir... abdicando a chegada do sol, abdicando o amor, abdicando todas as sensações. Somos ferteis de sentimentos, e estou aqui, abdicando de tudo, esperando que a flecha me traga o real. Sim, o real que o mundo tem para nos dar. Abdico meu ser, abdico para você me mostrar a razão do sonho e o sonho de uma razão...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A compreensão

Democracia?

DEi uma pausa nas seleções das cenas que mais me comoveram no cinema para pegar um pouco a crista das eleições que aconteceram nos municípios brasileiros.

Foi nesse ultimo fim de semana a realização de um dos mais tristes eventos da "Democracia" brasileira para o nosso estado. Eleições sem nenhuma empolgação, com candidatos que mostraram todas as suas incompetências em propostas absurdas, populistas e beirando o ridículo. Na gestão passada que acaba de se reeleger, so posso dizer que fora minusculo o resultado na cidade. Disseram que antes de implantar a infra-estrutura na cidade, precisavam resgatar a cultura e o humanismo na cidade. Não vi nem um, nem outro. Vejo uma cidade afogada na ignorância em todas as suas classes, que continua com sua cultura de não desenvolvimento de cultura local - veja bem o que digo, DESENVOLVIMENTO, isso de maneira alguma, quer dizer ser saudosismo, os velhos continuam mandando, as panelinhas continuam roubando espaço de pessoas mais competentes e a curriola dos "entendidos" continuam em seu prepotente "conhecimento" de humanismo e cultura. As classe alta, médias e baixas continuam submissas à ignorância, às mascaras sociais, e essas máscaras foram a maior caracteristicas das propagandas eletorais.

"Vamos fazer"... "vamos continar"... "vamos mudar"... "vamos respeitar"... o populismo, talvez o mais nojento ato de todos os políticos, imperaram nessa campanha. E, então? Em quem eu poderia votar? O que o meu voto modificaria na minha vida e na da cidade? Sou completamente contra se anular o voto, mas anulei o meu, pois não dei o atestado de bons antecedentes para o governo passado e nem dei o direito de pessoas populistas e incompetentes que não mostraram seus reais projetos, falo em real, aquilo que pode realmente ser aplicado.

No Brasil, o voto é democrático, mas é obrigatório. Mas ai, você tem a opção de anulá-lo, ou dar carta branca, ou escolher um candidato que melhor reflete seu ideal. Democracia, democracia, democracia... aqui me calo, e passo a palavra a quem realmente pode falar... o Sr. José Saramago:


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cenas inesquecíveis... parte 2

O Brilho eterno de uma mente sem lembranças...

"Let me keep this memory"



Se você pudesse... faria tudo diferente?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cenas inesquecíveis...

A partir de agora, colocarei algumas das cenas que mexeram comigo na história do cinema... vou começar por essa, de Casablanca... uma das minhas prediletas...

CASABLANCA...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os mais insuportáveis (Parte 1)

Bom... antes de mais nada... SIM, EU ME CONFUNDI... GUS VAN SANT TEM FILMES QUE EU GOSTO... Elephant, Good will Hunting e o conto dele em Paris Je t'ame... e só!!
Sei q alguns não concordam mas...
Agora vou fazer a minha lista dos Diretores que, apesar de eu ter tentado muito, não deu certo de gostar... vamos la:

1 - TARKOVSKY (O grande campeão, o único diretor que eu nunca consegui terminar UM unico filme... quase que tive um derrame cerebral)
2 - LARS VON TRIER
3 - GUS VAN SANT
4 - Irmãos Coen (Desculpa Haroldo, mas fora O Grande Lebowsky, não teve nenhum outro filme que eu tenha realmente gostado e que tenha me apresentado grandes novidades)

... (continua)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os 100 filmes

Provavelmente, amigos blogueiros, vocês possuam a mesma sensação que eu tenho ao sair do cinema, abrir o jornal, ou alguma pagina de internet especializada em crítica cinematográfica e ler um artigo em que o cidadão esculache uma obra que você simplesmente se identificou. É complicado falarmos de crítica, de "bom" e "ruim". Mas tudo isso é um bocado relativo. O que é bom? Por que é ruim? Será que existam tantos padrões inquebráveis que tornam aquela obra um "mau gosto"?

Tudo bem, Casablanca é um filme legal de se ver, eu particularmente gostei muito - já imagino as sobrancelhas arqueadas e as caras de nojo que alguns devem fazer - mas é apenas uma questão de identificação. Hoje, precisamos dar margens às pseudo-profundidade que as pessoas possuem, e o fato de alguem gostar ou não de um filme não torna aquela obra completamente ruim... veja o exemplo de As Branquelas (nesse momento fiz cara de nojo e arqueei a sobrancelha).

Creio que depois dos advogados e dos médicos incompetentes e prepotentes que só querem ser o Dr. House, a raça mais chata são os Críticos de Cinema. Frustrados, Pseudo-intelectuais e que acham que Lars Von Trier e Gus Van Sant são bons... nada contra os filmes deles, so acho que eles utilizam o cinema pra tentar ajudar sua crise existencial com relação a sua identidade sexual (Pô, porquê tem que haver sempre uma cena de sexo homossexual num filme do Gus Van Sant, cara indeciso, nam).

Bom, não estou insinuando nada, mas sempre há uma relação do seu EU, sua identidade, seu inconsiente psicanalítico com os gostos dos filmes que você venera. Preste atenção! Hoje, o cinema viro uma sinapse que te faz entrar em processo de identificação consigo mesmo, seja em comédia, em romance, em questões humanitárias, ou na própria simplicidade (naaada como a simplicidade, como já diria meu amigo Luis Fernando Veríssimo).

Bom, daqui deixo meu protesto contra os críticos. Ninguem leva mais em consideração o que eles falam, e por isso eu digo... Salvem suas profissões, ANALISEM os filmes e parem de apenas criticar, entregando-se ao saudosismo ou à vaidade "intelectual" de ser um Crítico de Cinema...

Vou começar a pensar na minha lista dos 100 filmes que vocês devem assistir e vou postá-los aqui.


Minha lista em desordem de importância alguma

1 - “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”
2 – “Laranja Mecânica”
3 – “O Poderoso Chefão”
4 – “Apocalipse Now”
5 – “Cidade de Deus”
6 – “O grande ditador”
7 – “Cidadão kane”
8 – “O sétimo selo”
9 – “8 ½ - Felinni”
10 – “Forrest Gump”
11 – “O Nascimento de uma nação”
12 – “Psicose”
13 – “Adaptação”
14 – “Quero ser John Malkovich”
15 – Asas do Desejo
16 – Tão perto, Tão Longe
17 – “Táxi Driver”
18 – “Scarface”
19 – “Hiroshyma, meu amor”
20 – “A Doce Vita”
21 – “O Piansta”
22 – “O ensaio sobre a cegueira”
23 – “Casablanca”
24 – “Tempos Modernos”
25 – “O Homem Elefante”
26 – “O Edifício Máster”
27 – “Os Bons Companheiros”
28 – “Réquiem para um sonho”
29 – “Pulp Fiction”
30 – “Antes do por do sol”
31 – “Os sonhadores”
32 – “Tropa de Elite”
33 – “’Cinema Paradiso”
34 – “O Senhor dos Anéis (Trilogia)”
35 – “O império contra-ataca”
36 – “O Balconista”
37 – “Pi”
38 – “Noivo Neurótico, noiva nervosa”
39 – “Match Point”
40 – “Perfume de Mulher”
41 – “Quase Famosos”
42 – “Jerry Maguirre”
43 – “Terra em Transe”
44 – “Juno”
45 – “Pequena miss sunshine”
46 – “Um beijo roubado”
47 – “Closer”
48 – “O advogado do diabo”
49 – “O Exorcista”
50 – “A Profecia”
51 – “Em nome do pai”
52 – “Metrópolis”
53 – “Blow-up”
54 – “O encouraçado potemkin”
55 – “Os sete samurais”
56 – “2001- uma odisséia no espaço”
57 – “Alphaville”
58 – “007 contra o satânico Dr. Nô”
59 – “Blade Runner”
60 – “Guerra nas estrelas”
61 – “Kill Bill”
62 – “Beleza Americana”
63 – “O Ultimo tango em Paris”
64 – “A lista de Schindler”
65 – “As invasões bárbaras”
66 – “Paradise now”
67 – “Dodgeball – Com a bola toda”
68 – “Borat”
69 – “Procura-se Amy”
70 – “Jerry Maguirre”
71 – “Magnólia”
72 – “O garoto”
73 – “Piaf – Hino ao amor”
74 – “Tudo acontece em Elizabethtown”
75 – “Domingo Sangrento”
76 – “Diários de Motocicleta”
77 – “Central do Brasil”
78 – “O poderoso chefão 2”
79 – “Por uma vida menos ordinária”
80 – “Extermínio”
81 – “Trainsporting”
82 – “Encontros e desencontros”
83 – “Escola do Rock”
84 – “Patton – Rebelde ou herói”
85 – “Nascido em 4 de julho”
86 – “Plattoon”
87 – “O Resgate do soldado Ryan”
88 – “Alta fidelidade”
89 – “O manto sagrado”
90 – “Os 10 mandamentos”
91 – “Os caçadores da arca perdida”
92 – “ET – O Extraterrestre”
93 – “E o vento levou”
94 – “Curtindo a vida adoidado”
95 – “Pânico”
96 – “A hora do pesadelo”
97 – “Bonecas russas”
98 – “Meu pé esquerdo”
99 – “Não estou lá”
100 – “Os intocáveis”

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

...

O que dá mais medo ao homem? A Morte, responderiam alguns. Na verdade, em sua maioria quase total. Definamos Morte: ausência de vida ou espírito, inerência, imóvel. Sempre foram vítimas do acaso. Muitos acasos foram vítimas dos homens. Mas no que se deveria acreditar, verdadeiramente?

A leveza do espírito trás consigo as angústias da alma. Os olhos captam o podre. O coração sente a dor. E a cabeça atrai a morte. Ressuscitar, ressurgir, reencarnar, todos esses verbos intransitivos sempre pedirão o complemento da crença humana, seja por religião, seja por intuição, seja por inconsciente. Dê a Froid o que dele não é... o seu Ser. Dê a Deus o que dele não é... a sua ira. Dê a ti o que é teu... o acaso. O Homem é um complexo fértil de substâncias intragáveis, mas ao mesmo tempo prazerosa. Ser Vivo pensante que pro bem faz o mal, e que com o mal conhece o bem.

Conhecer... a maior de todas as virtudes pecadoras. A maçã é mordida todos os dias, e assim as cobras de Eva gozam fertilizando o bem do mundo, da sociedade, do Homem. Sempre o duplo que ironiza o mundo e te criam conceitos abstratos do que pode ser, e o que não. A dignidade já não existe, ou se tal, és um presente do Santo gordo.

Dignidade... sois digno do ser que és. Sois digno das virtudes que tens. Mas sois digno dos pecados não admitidos. E talvez assim o mundo entre em colapso em um dia em que nenhum dinheiro salvará, nem a boa vontade do homem, nem seu inconsciente... e muito menos... o amor... pois o homem não sabe mais senti-lo. E tudo se torna uma cor só, uma razão só... pois é etér... e logo sumirá, e assim se tornará eterno... assim como a solidão...

domingo, 21 de setembro de 2008

Pessoas!!!!!

Quem não é superficial? Escondido atrás de máscaras, protegidos contra venenos, e, se possível, pronto para atacar. Somos movidos pelo impensável, mas impedido pela superficialidade. Falta auto-afirmação, há escesso de auto-estima... o ser-humano, necessita, ser, mais, profundo... e saber disso!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Artigo - À Richard Wright





http://davidgilmour.com/news_photos/richardwright.jpg


Por Felipe Fernandes Moreira

Esse é um texto que eu adoraria nunca ter que escrever.

Morreu nesta segunda feira, dia 15 de setembro de 2008, aos 65 anos, Richard William Wright, tecladista da banda Pink Floyd depois de uma “breve batalha contra o câncer” (segundo porta-voz da família). Rick Wright, um dos fundadores do Pink Floyd, era o integrante mais introvertido do grupo, ficando longe das batalhas épicas de quem é a alma da banda, travadas, especialmente por fãs do guitarrista David Gilmour e baixista Roger Waters.

Gilmour, em nota em seu site oficial, afirma: “A meu ver, os melhores momentos do Pink Floyd foram aqueles em que ele estava em plena forma”. Já Waters, prefere uma homenagem mais abstrata (mais ao seu estilo), deixando em seu site oficial (www.roger-waters.com) uma imagem de inúmeras velas, algumas acesas, outras apagadas expressando luto e, também, sua tristeza.

Injustamente, Rick Wright, por ser uma pessoa mais reservada, era esquecido algumas vezes pela grande mídia em frente à fama dos outros integrantes. Mas nunca pelos fãs do Pink Floyd, grupo ao qual me incluo.

Não era um “Rock Star”, era um músico. E um músico de grande talento, tendo participado ativamente na composição do álbum “The Dark Side of The Moon” (álbum de maior sucesso comercial do Pink Floyd) e da composição de arranjos para músicas da fase psicodélica da banda que definiram as diretrizes para a banda, quando ainda presente o primeiro vocalista e guitarrista Syd Barrett.

“A reação do público às suas participações na minha turnê de 2006 foi extremamente revigorante para ele, e é uma evidencia de sua modéstia ter ficado surpreso em todas essas vezes, nas quais foi aplaudido de pé (o que não era surpresa nenhuma para nós)”, disse Gilmour.

É muito bom saber que Richard Wright, antes de morrer, foi capaz de presenciar e sentir toda admiração que seu público tinha ao seu trabalho.



Felipe Fernandes Moreira é estudante de Engenharia Civil e fã do Pink Floyd desde sua ultima encarnação.

Luto - Ao Sir Rick Wright (1943 - 2008)

Pink Floyd viveu por causa dele!!!




Em Homenagem...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sinceridade

sin.ce.ri.da.de (lat. sinceritate) sf 1 Qualidade de sincero. 2 Franqueza, lealdade; ausência de hipocrisia. 3 Palavras ou observações sinceras. Antôn (Acepções 1 e 2): fingimento, hipocrisia.

Massa... valeu Michaelis... mas pra que existe essa palavra se num existe na prática? Aiai... é melhor usar essa... UTOPIA!!!!!!

domingo, 14 de setembro de 2008

O desmantelo da sociedade


Repare... repare bem... porque em alguns segundos tudo se tornará branco. O Mal Branco de Saramago talvez seja a convulsão social necessária para regular e formatar o corpo do Ser-humano.

Ser Humano... algo tão difícil desde os primórdios. Algo que apenas alguns conseguem, mas que logo serão contaminados pelo meio, e também irão adquirir o Mal Branco. A cegueira destroi o único sentido se dá real valor. E como todas as perdas, aguça algo mais. Ação. E reação. Essa é a maior lei. A lei da sobrevivência que atinge o maior de todos os sentidos animais. Sobreviva. O homem é sim, um ser social. Mas o homem, antes de mais nada é um Animal. Um bicho que veio do seio da natureza, e que, como em uma metáfora bíblica, amou a si mesmo, como indivíduo. E assim, destroi a sociedade, pois o homem é predador de se mesmo.

A soberba cega o ser...
Assim como a burrice...
Assim como a inteligência...

Ninguém vive o suficiente. Mas todos buscam a felicidade em lugares onde não a vão achar. Segundo Saramago, em um mundo de sombras tudo o que se vê é branco.

O ensaio sobre a cegueira... livro do Nobel José Saramago... Filme do premiado Fernando Meirelles, ambos são obras que os mais acomodados não irão gostar, pois quem gosta de sair de seu belo e prazeroso conforto pra lhe dar de cara com um mundo grotesco e verdadeiro da natureza do Ser-Humano?

Volto a pensar... será que a arte ainda tem a aura de mudar os padrões de vida social? Um filme provoca um debate, o debate reflexões... mas como agimos? O nosso dia-a-dia, costume, comportamento vão dizer quem somos e o que podemos fazer. Somos reflexo daquilo que construimos, mas quando não há mais reflexos, nos tornamos um ser em desmanche. Toda a maquiagem cai e nos tornamos o que somos... animais.

O que é certo? Quem estamos tentando ser? Humano? Máquina? Ou... Sonho? Porque é isso o que somos! Somos sonhos, desejos, anseios que facilmente desmancham-se em pó e excrementos.

Aceitar... viver... arriscar... compartilhar... sacrificar... provavelmente essas são as palavras mais difíceis pro Ser-Humano.

O ensaio sobre a cegueira - livro- é muito mais profundo que o filme, e mil vezes mais que esse tópico, então, leiam, assistam...

A coisa mais aterrorizante que a cegueira é ser a única pessoa no mundo a enxergar.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Artigo - Tudo está se perdendo, algo está sendo ganho


Não sei o que está havendo com todos... mas as pessoas, a cada dia que passa, e a cada pessoa nova que conheço, mais tenho a certeza que tudo está muito estranho. É estranho que não haja diálogos mais profundos, que exista o medo de conhecer o outro, que impere a lei do "achismo" ao invés da certeza. É complicado o fato de existir diferenças e as pessoas simplesmente negá-las, e quando a diferença está em você, você teima em aceitá-la e reluta em tornar-se o que sua natureza te tornou. Isso, vamos forçar a barra, vamos protagonizar momentos bizarros que nos levam a extremos, pois assim, teremos a certeza de nossa capacidade.

O ser-humano é um bicho engraçado. Na atualidade, as pessoas precisam mais da auto-estima do que das proteínas. Precisam de alguém a se compararem do que de carboidrato. Precisam mais de ilusões do que do ar que respiram. O amor, por exemplo, é uma das ironias desse mundo. Muitos acreditam em sua existência (na verdade, acho que sou o único no mundo que não acredita na existência dele), mas nenhum leva uma vida para senti-lo intensamente. Resultado, o medo vence o amor (nossa, roteiristas de hollywood, essa frase está a venda). Mas é a mais pura verdade. Como se leva uma vida em que a maioria sente medo dos outros, medo de se magoar, de magoar, de rir, de chorar... medo das emoções que podemos proporcionar e dar mais humanidade à nossa vida animal.

Eu temo pelo amanhã. A virtualidade sempre foi mais fácil, e sempre transformou momentos únicos de uma vida em simples passagens. Os românticos são idiotas, pois acreditam piamente em utopias. Os racionais são mais estúpidos ainda, pois para eles, tudo tem que ser muito concreto, comprovado cientificamente e estatisticamente, são os chatos de plantão. Mas todos eles negam a Emoção. Palavra que eu traduzo como Vida, Alma, Espírito, Aura... cada vez mais me convenço que Jean-Paul Sartre estava certo ao afirmar em seu livro Esboço para uma Teoria das Emoções (que eu recomendo a estudantes e interessados em semiótica, comunicação e psicologia) que "a emoção é a forma organizada da existência humana".

O Lúdico é pouco vivenciado. Muito do que o mundo pode proporcionar às pessoas está sendo perdido. Muito do que as pessoas podem proporcionar a elas mesmas está se perdendo. Continuamos a nos tratar como seres extremamente superiores, e assim não notamos os nossos problemas, e ainda fazemos questão de ignorar todos os sentimentos de alerta que venhamos a ter. Mas como nesse mundo nada se perde, algo está aparecendo. Algo muito estranho. Novidades são muito bem vindas, mas acho muito precipitado em dizer se pro bem ou pelo mal.

Tenha os melhores dias, repletos de todos os tipos de sentimentos possíveis. Porque assim, estou te desejando a Vida.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O U2 perdeu as bolas!!!!!!!!!


Quem me conhece sabe o quanto eu sou fã desses caras. O quanto algumas músicas clássicas deles (where the street have no name; still haven't found what I looking for; with or without you; one; dentre outras) significam pra mim. Mas depois de escutar o album de 1996 intitulado Pop pela enésima vez, cheguei a uma conclusão muito simples. Os irlandeses perderam os colhões!

De longe, esse foi o album mais criticado deles pelos "Especialistas" de plantão. Na minha opinião, esse foi O melhor album deles. É simplesmente sensacional a fusão do Rock com a musica eletronica, uma novidade não muito bem recebida naquela época. Já, nos dias atuais, bandas de rock indie, e o Daft Punk, fazem a mesma coisa que o U2 fez em 1996, há 12 anos atrás. Os irlandeses foram chacotados, essas novas bandas são endeusadas. Daí vem minha reflexão: os caras foram gênios, visionários, revolucionários no meio musical.

Mas qual revolução foi unânime? Resposta: NENHUMA. Mas quantos morreram por seus ideais? Vários. O U2 não precisava morrer por seus ideais. Mas ajoelhar-se perante a vontade dos críticos e jogarem fora uma tradição de experimento em busca de um novo som, é simplismente enojador. E ainda ser sustentado por um pilar político de "Vamos salvar o mundo, as criancinhas e os dinossauros" beira o ridículo.

Pop revolucionou, sem querer, o Rock. Foi o primeiro Rock a aceitar sons tão absurdamente diferente sem deixar de ser Rock. Mas os idiotas queriam mais Joshua tree, mais Achtung Baby. É, amigos, depois do Pop vieram os CHATÍSSIMOS All that you can't leave behind e How to desmantele an atomic bomb. Albuns de palavras lindas, mas q em nada acrescentam à vida de ninguém e som mais uma vez ultrapassado e sem empolgação.

É chato ver essa realidade de uma banda que sempre adorei... mais um album vem ai. E vale torcer pra que o U2 não se entregue ao mercado EMO. Bono, Edge, Clayton e Larry podem ser eternizados por Joshua Tree e Achtung Baby, mas nunca serão lendas, ou mitos, como uma vez o foi Pink Floyd, Led Zeppelin, Dire Streit, Bob Dylan, David Bowie e, obviamente, The Beatles. Todos esses gostavam de fazer seu som, buscar a perfeição. E quando acharam que nada mais podiam fazer, terminaram suas jornadas e seguiram com seus projetos particulares. Já o U2 insite em fazer coisas que em nada acrescenta, não sei se por medo de rejeição, ou por falta de criatividade. Mas, infelizmente, não acredito que um album com um som e uma proposta tão forte como o Pop venha a ser feito novamente das mãos desses caras.

Aproveitando para finalizar: Coldplay, The Killers, Daft Punk, Moby etc, são alguns artistas que misturaram o eletrônico com o Rock. Talvez, bem influenciado por Pop.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Johnny não é O cara!

Das metáforas desse mundo me aqueço! De figuras que alimentam minhas esperanças sobrevivo cada dia, sem o arrependimento de ontem, sem o desejar o passado, sem sentir falta. São só bolhas, já diziam. São só nuvens, névoas, brisas, ventanias, seja o que for... vai passar! Porque tudo passa, até mesmo a Vida, e não percebemos, pois somos exageradamente bucólicos.

Somos criaturas. Somos criados. Somos adestrados. A liberdade é utópica, mas necessária para percorremos o caminho que chamamos vida. Levantar sempre que existir uma pedra. Suspirar sempre que vemos um novo nascer do Sol.

Falo da vida de Johnny... aquele sujeito desastroso. Sim, Johnny foi à guerra e voltou vivo. Novo. Um novo Johnny. Sim, sim, salabim. Johnny viu o inferno. Ele sentiu o ar quente que subia do chão imundo e nefasto, coberto com o enxofre que encardia as narinas do pobre Johnny. Pobre, nada. Johnny viu, sentiu e cheirou o inferno. Mas Johnny voltou. Fez o que Orfeu e Dante tentaram. Sim ele sobreviveu.

Johnny tenta, e tenta, e tenta. Mas a vida, pra ele é como uma brisa vinda do mar. Pra ela correr, precisa de um sol ardente, ou se não tiver, ela trás uma tempestade furiosa. É Johnny. Nasceu e pouco viveu. Pouco dividiu. Pouco sentiu a verdadeira graça.

"Mas qual a graça?", perguntou Johnny. A graça disso tudo. A divisão, o conflito, o embate, a discussão, a confusão e, finalmente, a paz.

É Johnny, continue tentando... você ainda não é O Cara!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A Dança dos Deuses


O futebol como Cultura...
O Futebol como metáfora da história humana...
O Futebol como sígno identificador de clãs e suas adversidades...
O Futebol como metáfora da Guerra...
O Futebol como arma contra a Guerra...
O Futebol como música...
O Futebol como Arte...
O Futebol como embaixador brasileiro na Europa e no mundo...
O Futebol como Vida...
O Futebol como Paixão...
O Futebol como o âmago de um ser...
O Futebol como a política do pão e circo...
O Futebol como arma contra os ditadores...
O Futebol como diversão...
O Futebol como campo de batalha...
O Futebol como o Brasil...
O Futebol como Semiótica...
O Futebol como aliança...
O Futebol como um reino...
O Futebol como economia...
O Futebol como reflexo do Mundo comtemporâneo...
O Futebol como vitória...
O Futebol como derrota...
O Futebol como um ser-vivo que respira...
O Futebol como Mito...
O Futebol como Lenda...
O Futebol como Realidade...
O Futebol como Paz...
Simplesmente, o Futebol em todos os pensamentos científicos!

A Dança dos Deuse - Futebol, Cultura e Sociedade

Leiam

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

viva La vida... Loca?


Como sempre gosto de ressaltar neste blog... Detesto críticos! Geralmente são chatos e saudosista que acham que possuem o poder de dizer para o mundo o que se deve ou não escutar, visitar, ler ou ouvir. Se acham no direito divino de dizer o que é bom, ou que não o é. Prefiro que esses especialistas (muitos deles frustrados) ANALISEM e coloquem suas opiniões de um modo que respeitem a visão do artista, que tem tem entendê-lo. Não é a toa que gênios como Da Vinci, Kubrick e Chaplin sempre fossem esculachado pela crítica. Os saudosistas sempre negam o novo... e cai entre nós: aquela máxima do meio cinematográfico que diz "Tudo o que é bom já foi feito" é coisa pra idiotas. I feel so!

Bom, iniciei esse post com o intuito de ANALISAR um álbum que muito me agradou, mas nem tanto à crítica. Segundo alguns, faltou espírito, alma, coração, ao novo CD do Coldplay intitulado de Viva La Vida or Death and all his friends. De primeira a minha pergunta é: Ãh? É o que, galinha?

Provavelmente falte espírito, alma e coração às pessoas que o escutam. Vejo a musica (assim como as outras artes) como um instrumento que toque o espírito e a alma das pessoas, e não algo com uma "Áurea", como já diria o chato-mor Theodor Adorno.

Tá bom, dou meu braço a torcer, eu acredito que há sim uma áurea na arte, mas não como o chato-mor fala. Acredito que a obra possa, sim, transformar as pessoas, brincar com suas emoções... mas mudar um universo... acho q a arte precisa de uma ajudazinha pra tal coisa.

Enfim... voltando ao Coldplay. Tudo bem que esse possa não ser O grande álbum do Coldplay... mas o vejo como um ensaio para o que está por vim. Enquanto o forte dos outros são as individualidades das músicas, sinto, nesse álbum uma maior obra, além da simplificação de análise das faixas. Vejo-o como uma metáfora da vida pelos ouvidos e sensações dos integrantes do Coldplay. Um álbum que se deixa experimentar mais a batida, os efeitos de guitarra, a entrada de novos instrumentos clássicos de corda e o eletrônico. Vejo o álbum como um livro, ou um filme documentário com ensaios sobre a vida segundo o Chris Martin.

Ao abrir o encarte do CD e colocá-lo para tocar (Sim, Compact Disk, vocês lembram disso, ou se satisfazem só com a MP3?), o quarteto apresenta, com a produção de Briam Eno apresenta seu ensaio. Com um Fade In a musica nasce em sua primeira faixa, Life em Technicolor, o moderno se une ao tradicional, o eletrônico surge e se mistura com a bateria, o baixo e a guitarra e já no meio, o gemido de Chris Martin apresenta o Coldplay instrumental, mas forte e vigoroso, assim como o sol nasce (engraçado, essa música me lembrou Where the streets have No Name do U2, a mesma sensação... experimente).

Na desenvoltura do Álbum, o Coldplay fala sobre as noites londrinas, as pessoas perdidas em pensamentos longiquos, mas que são necessário, os amores e seus regentes, e principalmente falando sobre os problemas que o mundo enfrenta... isso tudo de uma maneira sucinta, sem ser muito caricata e óbvia. Violet Hill e Lovers e Japan são um exemplo. Strawberry Swing canta um dia perfeito, um dia agradável de se viver em um mundo tão corrido e complicado como esse. E é dessa maneira que a canção faz sua jornada: suave e agradável de se escutar e cantar. Uma das melhores do Álbum.

Já no final, a faixa Death and all his friends finaliza o álbum. Após a canção, a harmonia de Life in Technicolor volta. Sua essência eletrônica -aparece e vai embora com um Fade Out. Assim como a morte de uma vida agradável.

Acredito que esse álbum finaliza uma etapa na vida da banda. Não sei, mas me deixa a sensação que essa banda, que a cada álbum vem se amadurecendo, experimentando, achou um bom caminho a trilhar, e talvez seja marcada na história da música pop, assim como seus influentes Radiohead e U2...

Ah sim... aos amantes da MP3... vejam o encarte do álbum... a capa é o quadro da época da revolução francesa de Eugène
Delacroix intitulada A Liberdade. Por dentro, há mais. A "Vida" do Album do Coldplay não está só nas músicas... seu encarte também trás informações

terça-feira, 8 de julho de 2008

The Story

Brandi Carlile... é impressão minha ou a voz dela lembra Janis Joplin... ou se não, lembra pelo menos o estilo, uma voz rasgada, rouca e cortante!!! vê ai vai!!!



É...todos nós temos algumas! Lembrem a de vocês!!!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A velha novidade

Escutem... "que piveta pra se garantir"!!!

http://www.myspace.com/mallumagalhaes

A verdadeira Estória de Johnny, o Cara!

Johnny sempre foi um cara que sempre permitiu demais...

Permitiu que os outros falassem por ele, que sempre o diziam o que fazer, que o troxessem verdades. Johnny foi um cara muito ineficiente quando a vida o chamava. Por isso Johnny num era tão bem visto assim, digamos. Johnny era um garoto problemático, cheio de causas e causos, com um complexo de inferioridade que o transpotava para o inferno de Dante. Alias, lembrando Dante, Johnny gostava muito de citar o autor italiano. Johnny era um menino mimado que ao se deparar com a realidade caiu de joelhos perante ela e pediu clemência... sim, Johnny era um sujeito sem graça!

Aos 23 anos Johnny era um moleque que sonhava em saltar de asa deltas e ainda esperava subir em galhos velhos para ver mulheres nuas... Johnny era um menino incontrolável que nunca se levava a sério porque assim esquecia um pouco o que era, mas ao pisar no chão outra vez, Johnny se sentia um lixo...

É, Johnny, talvez o mundo te reserve boas notícias... que naaaaada, o mundo não reserva nada sem qualquer ligação pedindo-a, Johnny nem telefone tinha... como chamar um garoto desse? Azarado, nerd, mazela, sem-futuro?? Johnny era desleixado, esperava pelo tempo, acreditava no amor, e no destino. Johnny era raivoso, mas se controlava porque achava que por ser um bom garoto, Deus o retribuiria de alguma forma... pobre Johnny, mal sabe ele que o mundo o ignora como um ser humano ignora uma única pata de formiga em um leite matutino.

Johnny se apaegava, se apaixonava, se anulava... todas as mulheres que johnny tivera eram mitos, lendas, ou digamos... sonhos de uma noite de verão! Mulheres são utopias que johnny sempre buscava. Um sujeito que por tamanha vergonha de ser o que é, não sabe mais ser o que é na frente delas. É Johnny, o que mais há de errado contigo, meu caro?

Talvez Johnny tivesse sido um erro... talvez tivesse apenas faltado planejamento... talvez ele tenha escolhido as pessoas erradas para compartilhar seu tempo... muito se tem falado de Johnny, mas poucos lembram dele... poucos o vêem (talvez por culpa do próprio Johnny), poucos e muitos o entendem...

Johnny está ali, parado, observando, contando, rindo, mas não chorando... a ultima vez que Johnny chorou foi porque alguem disse a ele que estava decepcionado com ele. Por que Johnny se importa tanto com as opniões alheias? Ninguem sabe, nem o próprio Johnny.

Em um certo dia, Johnny quis assistir um filme... mil e uma pessoas a ele disse o final... ele supôs o fim... e ao comtemplar a produção, johnny foi entregá-lo... a recepcionista perguntou a ele se tinha gostado... Johnny dissera que não, pela primeira vez, ele disse um não para alguém... mas ela insistindo disse que todos gostavam... mas Johnny disse "mas eu não gostei"... e Johnny saiu.

Ao chegar em casa, com um sorriso, Johnny sentiu que, apesar de tudo, ele deveria ter dito que tinha gostado do filme, e que realmente tinha gostado do filme... Johnny então voltou à locadora e disse à moça... "ei, pensando melhor, eu gostei do filme"... ela olhando estranhamente disse "ta bom, que bom... quer alugar outro?"... "Não, não quero mais ver filmes" disse Johnny... e ela completou dizendo: "Tá bom"!

É Johnny, o mundo gira... e gira... e gira... e você continua sendo um grilo sem uma perna!!!!

terça-feira, 1 de julho de 2008

A volta

... e foi assim!

De uma insólita viagem...
Vindo de uma peregrinação nos mais longínquos, quentes e frios deserto do inóspito ser-humano. Vindo de uma longa jornada onde se conhece deuses, lendas e mitos...
Vindo do além-fronteira da imaginação de um breve mundo ridículo vivido e adorado...

Sim estou aqui de volta para falar mais de cultura, de arte, de críticos, de gente, de mim...
Sim estou aqui pois por muito tempo mamei nos seios da solidão, me aqueci nos braços da incerteza, e vi que a solidão foi uma mãe que soube dizer exatamente a hora de abandoná-la... e foi o que fiz...

Assim vi espelhos, vi passado, vi o presente... mas principalmente... ouvi o incerto futuro, que me promete apenas uma coisa... sensações... e são essas que almejo, são essas que traduzem a vida, pois vida não é uma linha reta, mas sim momentos que nos despertam, seja ele como for.

E é assim, mudamos, vivemos, adoramos... sempre em busca daquela ideia utópica... mas nunca desistindo!

Agora sim... quero mais musica, mais filmes, mais cinema, mais futebol, mais paixões... sim, tudo o que me traduz um sentimento, tudo o que resgata um medo, um frisson, um frio na barriga, uma felicidade...

e sempre será assim... momentos, e momentos, e momentos, e...

domingo, 20 de abril de 2008

Quem é mais chato?

Pra vocês... Quem é mais chato:

Chicletero x Metaleiro x Forrozeiro?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sexo Feminino x Evolução

Por Felipe Fernandes (ou Finch, pros mais intimos)

A época do colégio é marcante para todas as pessoas (que estudaram, óbvio). Por marcante quero dizer: boa, ruim, emocionante, irritante, as vezes satisfatória e, quem sabe algumas vezes, ilusória. Para mim não é diferente, aprendi muita coisa boa no colégio (que alguma parte, infelizmente, já foi desaprendida) e muita coisa ruim (que alguma parte, infelizmente, não foi desaprendida). Lembro de muitas pessoas e estórias que acho interessante compartilhar. Esse texto se trata, como se pode imaginar, de uma dessas pessoas e uma dessas estórias...

A fim de preservar sua privacidade e imagem perante seus conhecidos e familiares, chamarei essa pessoa, um professor meu da minha época de colégio, de Gilmar, Professor Gilmar. Ele era daqueles professores “gente boa”, demonstrando vasto conhecimento em todas as áreas básicas da ciência (e não só na sua especialidade, a Física), respeitava os alunos e eles o respeitavam. Era de se esperar que tal comportamento fosse levar alguns alunos a admirá-lo não só como professional, mas como pessoa. Era comum, depois das aulas, alguns alunos (incluindo eu), reunirem-se em volta de sua mesa e conversar sobre os mais diversos assuntos, de Física até a Playboy da Mel Lisboa (boas recordações).

Lembro muito bem que um dia, logo depois de falarmos sobre alguma gostosa do Big Brother, alguem fez um comentário sobre silicone obrigando a humanidade a evoluir a um estágio bem mais adaptado ao nosso mundo moderno. Gargalhadas e “salgas” depois, Prof. Gilmar resolveu falar:

“Evolução... parece interessante, mas eu não acredito nisso não! – seguido de um silêncio assombroso, afinal, estavamos estudando Evolução nas aulas de biologia. -Vejam bem, a fertilidade média da mulher brasileira é em torno de 2 filhos e é unanimidade entre os médicos que os bebês devem ser amamentados, no mínimo, até o primeiro ano de vida. Entretanto, vamos estabelecer que cada bebê mama, em média, 1,5 anos. Esse é meu caso, tenho 2 filhas e cada uma mamou durante 1 ano e meio, ou seja, o corpo da minha mulher se dedicou a amamentação por 3 anos, enquanto o nosso casamento já dura 13 anos. Assim, temos 3 para as crianças e 13 para mim, mais de 4 vezes o valor. Conclusão óbvia e lógica: A funcionalidade dos seios de minha mulher devem sofrer mais influencia da minha natureza do que a natureza de minhas filhas. Ou seja, se a Teoria da Evolução estivesse correta, a ultima coisa que ia ser produzida nas glândulas mamárias seria Leite. Quem sabe uma cervejinha... ou, por meio da diversificação intraespecial, um Chopizinho... Podendo aproveitar a simetria e deixar um dando Chopp com colarinho e outro sem. Ou quem sabe algo mais sofisticado evolutivamente falando, como por exemplo, Whisky e energético, Vodca e suco de laranja, ou, para agradar as pressões evolutivas de gregos e troianos, uma boa Coca-Cola bem gelada. É um passo em direção a adaptação, não tem pra onde correr... Agora, além de buscar uma mulher que satisfaça seu perfil social/profissional/pessoal/sexual, buscará uma mulher que produz aquilo que você mais gosta. Isso aumenta a compatibilidade das uniões, com maior chances de prosperidade para toda a espécie. Entretanto, como, infelizmente, vemos, as coisas não funcionam desse jeito”.

Chupa, Darwin!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A bola continua a girar


"Sou Alvinegro
O meu clube é raça, amor e paixão
Amo meu vozão
Penta-campeão"

(Ritimo da musica do Esporte Espetacular)

Aqueles que não curtem futebol deixam de ser um pouco brasileiro. Aqueles que criticam o futebol são idiotas, pois é um dos unicos aspectos do nosso país respeitados por todos no mundo. O Samba, a bossa, a nossa cultura gira como uma bola pelos gramados, campos de varzea, quadras, ou mesmo o local improvisado em todo Brasil.

E assim sobrevivemos, assim sentimos prazeres, assim vibramos... como em uma partida com lances duros, mágicos, tensos, felizes, tristes, de raiva...

Nada se compara ao sentimento de da vibração das arqubancadas com o pulo e os cantos das torcidas. Sugiro que todos dêem a si mesmo a chance de ir a um jogo de futebol sentir o clima do antes, com a chegada dos torcedores, uma cerveja gelada, um "cai-duro", um espetinho de carne ou frango, os gritos de guerra, até todos os momentos que o estádio proporciona.

Aqui inalguro artigos sobre a maior de todas as culturas brasileira. O nosso maior escudo. O futebol.

"A ida da Copa de 2014 para o Brasil é a peregrinação à Meca do Futebol" (Michel Platini - Jogou as copas de 1982 e 1986 pela seleção Francesa e atual presidente da UEFA)

P.S. O Samba precisa voltar às arquibancadas!!!!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ética e Liberdade



Por muito tempo, séculos, milênios, um assunto vem sendo debatido. Seja no meio filosófico, sociológico, ou mesmo dentro de uma conversa convencional, ou banal. O que é liberdade, ou melhor, somos animais livres, ou, ainda mais, existe essa tal liberdade?


Dentro dos parâmetros e valores espalhados pela Revolução Francesa (ou, em qualquer tipo de revolução), o homem (entenda-se Ser-humano) precisa de um lugar ao sol e de ar puro a respirar, sentir a liberdade – Liberté, Fraternité, Igualité – mas alem de tudo, o homem precisa ter a liberdade para escolher seu próprio destino. Ter a chance e a oportunidade de ascender dentro de uma sociedade. Contemporaneamente, essa mesma revolução contaminou outras nações. Junto à ideais nascentes dos britânicos, independências foram proclamadas e escravos libertados. O homem ganhava sua liberdade.


Mas ao mesmo tempo, se tornava mais uma vez escravo. Preso aos problemas sociais de um novo sistema que era absolutamente seletivo. Emergia, então, diversos tipos de sentimentos comuns de antigamente: o anti-semitismo; o nacionalismo; o bairrismo. E mais uma vez o homem se revoltou. Guerras foram travadas. Guerras foram vencidas. Outras surgiam. E a busca à liberdade deu margem a outro sentimento: o medo. Mas uma vez, o homem se escravizou.


O medo da destruição, do holocausto nuclear, tudo isso criou um clima para “mandos” e “desmandos” dos que estavam no poder, pois estes, também tinham medo. O tempo foi passando e o “bom-senso” imperando. Muros e fronteiras foram derrubados, e chegamos ao mundo contemporâneo.


Sartre uma certa vez disse, “O homem está condenado à Liberdade”. Mas convém voltarmos ao começo do texto e nos perguntar: “O que é liberdade”.


Steven Pinker, em seu artigo entitulado “Sobre Santos e Demônios” disserta sobre a variedade do conceito de Moral. O que o valor social ensina que é certo para o seu filho, o que você ensina de bom valor à sua filha. Por mais que se trabalhe em cima desses valores, sempre haverá algum momento em que perguntas irão ecoar na cabeça desse ser-humano. “Mas por que não posso fazer isso”. Tudo bem que não é normal a maioria das pessoas se perguntarem isso. Mas aquele que possuem a vontade se sentirem verdadeiramente livres procurarão o máximo em oportunidades de viver.


Quando Pinker fala sobre as “Ilusões Morais” ele desmistifica toda uma visão criada por uma cultura imposta que identifica e taxa pessoas. Quem é do Bem, quem é do Mal. Hoje, o Bem e o Mal são conceitos muito mais complexo que a própria liberdade. Por isso, nos concentremos na Liberdade.


Com a afirmativa de Sartre, o estudo da história, a leitura dos artigos de Steven Pinker e de Slavoj Zizek (A falha da Bio-ética) constatamos que, embora sempre procure a liberdade, esse lugar ao sol, o homem nunca o será. Poderá, por pouco tempo sentir-se livre, mas em pouco tempo, ele acharia algo a se atrelar, a servir e a se limitar. Liberdade, ao ponto da palavra é fazer o que bem quer e o que bem entende. Porém, não há como sê-lo. Um antigo ditado resume toda essa “vã filosofia”: A sua liberdade acaba quando começa a do seu próximo.


Assim como todo animal, o ser-humano procura atingir o topo, seja ele qual a sua sociedade eleger como. E para não acontecer como na própria natureza, o próprio homem vai delimitar um espaço, para se auto-proteger. Os psicólogos já atentam para isso. A auto-defesa, o interrelacionamento entre ID, Ego e Super-ego. Tudo isso mostra um mecanismo de auto-inibição, cultivo e castração de prazeres por sobrevivência social. Desde sempre (quando nascemos) somos treinados a ter um tipo de visão. A educação dos pais, dos colégios, das babas, do meio, tudo isso vai influenciar no futuro cidadão.


Com o desenvolvimento da ciência, já é possível fazer manipulações genéticas que “farão” o filho da maneira que o consumidor quiser, como alerta o artigo “A falha da Bio-ética” de Slavoj Zizek. Os filhos já poderão vir no “formato” que seus pais quiserem. Ou seja, é “algemado” mesmo antes de nascer às vontades dos pais.


Talvez Sartre esteja certo em sua afirmação em que diz que “O homem está condenado à liberdade”. Mas porque o ser-humano sempre busca por ela, essa incansável luta contra correntes. Um dia, talvez o homem seja realmente livre, assim como deseja o filósofo. Mas por enquanto, vivemos presos a valores, éticas, culturas, costumes e à própria ideia de Liberdade.


Por Renan de Andrade

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (2ª Parte)


Tentando ser mais objetivo...

Amanheceu o segundo dia, e o céu do Rio de Janeiro continua azul, com um forte sol iluminado toda orla, o centro e o Redentor. Nos levantamos cedo. Pegamos o metrô e dessemos na estação Catete. Lá saimos em frente ao Palácio do Catete, antiga sede do governo brasileiro, onde se ensaiou os primeiros passos da República Federativa do Brasil, e onde Getúlio Vargas se suicidou. Hoje transformado no Museu da República, o ponto eu referencio, ótimo lugar para se aprender muito sobre parte da história da nossa política.

Ao chegar por lá, as 10h, o palácio estava fechado. Descontente procuramos um canto para tentar passar um tempo. Era o centro do Rio, e achamos um barzinho chamado Bar do Getúlio. Não era o bar que o nosse ex-presidente fazia seu "Happy-hour", muito menos o bar frequentado por Carlos Lacerda. Mas é o bar que resgatou toda a memória do local, com charges proibidas na época da ditadura de Vargas na década de trinta, fotos da época, e principalmente a ambientação. Pedimos um chopp. Mais uma delícia do Rio. La conversamos um pouco sobre história com um jovem garço que nos ensinou e disse pra fazer um percurso que seria os passos da familia real no Brasil, e da época imperial.

Pois bem, depois de 3 chopps pra cada, pagamos a conta e fomos visitar o local... A sensação de andar pela antiga sede do governo é embreagante (não, não era o chopp). Não há como não ficar enfeitiçado pelo radio antigo tocando músicas das campanhas políticas de Vargas. Ou fotos dos Barões e suas vestimentas antigas, primeiros donos do palácio. Dava pra sentir os seus fantasmas rondando as salas. E por falar em fantasma, o climax está ao entrar na anti-sala onde está a roupa usada por Vargas na noite de seu suicídio, e o seu quarto. Um clima fúnebre, frio, e tocante, ao som da leitura da carta de suicídio e de uma música funebre de Villa-Lobos cujo o nome me foge a memória.

A cada passo dado para sair, tentei fugir um pouco da maresia histórica que o local me envolvia. Para relaxar um pouco, andamos pelos jardins do palácio, com gigantescas palmeiras imperiais que atingia 20 metros de altura, fontes, um belo jardim, crianças que brincavam e velhos que liam jornais e discutiam política nos bancos muito bem conservados. Deixamos o museu e decidimos... vamos voltar ao Bar do Getúlio e beber mais uns chopps. Maravilha! Fizemos, mesmo contrariados pela cunhada.

Voltamos a Copacabana, almoçamos e fomos direto para o Leblon. O bairro mais charmoso do Rio de Janeiro. Loja de grifes famosas, segurança por todo o percurso, tudo girava bem no Leblon. Atingimos as calçadas da praia, e andando chegamos em Ipanema. Praia de mulheres lindas, brilhando e despojando toda sua beleza pra todos os marmanjos que queiram ver (e quanto eu ví). A tarde caía, e achamos a rua do poeta... rua Vinícius de Moraes. Entramos nela e lá achamos o espirito do poeta, as garotas de Ipanema, as mulheres, música e letra de Vinícius. Descemos a Rua Vinícius de Moraes, fomos até a Nascimento Silva e procuramos a casa de numero 107, onde funciona o Vinicius Piano Bar. Pois bem, voltamos pra casa, botamos roupas melhores e voltamos à rua do poeta.

Primeiro, sentamos do Bar do Vinícius, onde no segundo andar funciona uma casa onde toca bossa, e lá estava acontecendo um show da Maria Creuza, cantando, adivinha... Vinicius de Moraes. Bebemos Chopp, comemos uma deliciosa picanha, e depois de um bom tempo e de boas conversas, saimos. Andamos um pouco pela rua e la vimos, o Bar Garota de Ipanema, Conversa Fiada e a Livraria Toca do Vinícius. Pegamos um Taxi e fomos até o Leblon, onde conhecemos o famoso bar Devassa. Cansados voltamos pra casa.

No dia seguinte, levantamos cedo e fomos pra praia de Ipanema, Posto 9. Encontramos com meu primo e sua noiva. Andei um pouco pelas areias, e o ví... mulher mais gostosa que já vi na vida... pena que ela me olhava como um inseto... foda-se pensei, não deixei de secá-la, nossa, permitam-me, pois um bocado de urubus cariocas pit-boys estavam de queixos caidos... imagine eu, então. Perfeita.

Aiai...

Resolvi esfriar a cabeça e tomar um banho nas aguas frias da praia carioca. Saimos e já era 14h, fomos almoçar no Garota de Ipanema. uma delícia. Estava com a camisa do Alvinegro Glorioso, o vozão, do coração do povão. E me senti em casa. Garçons cearenses vinham até mim, cumprimentavam, e mais de 6 pessoas estenderam a mão até mim dizendo "dá-lhe vozão"! Como as pessoas são inteligentes.. tudo isso em menos de 10 minutos. Almoçamos e gastamos mais de 40 reais em chopp... cada um! Dinheiro muito bem gasto. Vinicius e Tom Jobim nos abençoaram naquela tarde. Era o terceiro dia de sol na Cidade Maravilhosa, e os cariocas aproveitavam. Nós cearenses também.

A noite, foi a vez da Lapa. A essência da cultura do Rio e do Brasil. A mais famosa, claro. La se encontrava Cartola, Madame Satã, e todos os clássicos artista. Fernando Pessoa quando estava no Brasil, ia para a Lapa. Carlo Drummound de Andrade, também. E os maiores sambistas vieram de lá. A melhor música do mundo vinha de lá. E o samba do Rio 40 graus troava e faziam as pessoas vibrarem. Mas, claro, é necessário ficar de olho. No Rio, ainda tem muito "malandro" que não pode ver uma oportunidade.

O Ultimo dia!

Acordamos mais tarde... Saimos com a intenção de ver mais história. Saimos numa van e fomos ao centro do Rio. Seguimos o passo imperial. Paramos na praça do Theatro Municipal, imponente com suas colunas gregas, as câmaras municipais, todas com arquitetura clássica, da época do império, que lembra a europa francesa. Lá avistamos o Bar Amarelinho. Funcionando na Cinelândia desde 1921. Ficamos lá até as 15h, e sem exitar... é o melhor chopp do Rio, tira gostos excelentes, uma maravilha. Vale a pena ir la. Depois fomos ao Museu Histórico Nacional... esse merece um texto só sobre ele... o mais sensacional museu histórico que eu já visitei, apesar de num ter visitado tantos, mas pelo menos melhor q o dos "portuga" é. La vemos sessões sobre os indios encontrados pelos portugueses, a chegada da família real, a indapendência, o império, as guerras (Principalmente a do Paraguai, com amostra de afrescos e arsenal da época), e começo da pública. Também tendo espaço para outras exposições.

De lá, fomos direto pro shopping, onde o pessoal queria assistir uma peça de teatro. "Dona flor e seus dois maridos", com Marcelo Faria, Dado Rodrigues e Carol Castro. Todos queriam ver de perto os "famosos". Eu particularmente, não ia gastar 60 contos pra assistir essa peça. o pessoal foi, eu fiquei rodando o shopping, fui a livrarias, e depois fiquei em frente ao teatro esperando terminar. Quando me dou de conta, está o Marcelo Farias (que deve ter 1,65m de altura no maximo) conversando com o porteiro. Ele entra no teatro por uma porta que deve dar aos camarins. E depois, a Carol Castro senta ao meu lado, primeiro naum tinha reparado, mas depois me toquei. Baixinha, magrinha e bonitinha... ela parece....... igual a todo mundo... todos eles são seres humanos... que grande coisa.

Quando sairam do teatro, fomos em casa, tomamos um rápido banho e fomos ao Devassa, no Leblon. Bebemos e encerramos nossa ultima noite no Rio. No dia seguinte, domingo de Páscoa, voltamos para Fortaleza, a tempo de pegarmos o jogo do Vozão. Foi uma ótima semana. Um lindo lugar que me fez refletir mais sobre meu Brasil. E me deu mais vontade de conhecer novos lugares. O Rio encanta... o Rio enfeitiça... o Rio clama para que todos o vejam de perto. E eu, particularmente, recomendo!

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (1ª Parte)


Nem Vinícius de Moraes, nem Tom Jobim, nem a Garota de Ipanema, nem a antiga República me chamavam a atenção para a nossa antiga capital da República. Desse argumento cito o Rio de Janeiro. Confesso que nunca tinha visitado, e nesse feriadão ultimo, resolvi conhecer a Cidade Maravilhosa. E ví o quanto ela brilha, e sinto o quanto ela encanta. Sim... sim, aqui farei um relato de minha breve passagem por aquela cidade que respira as poesias de Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, assuvia as notas de Tom, lava nossa vista com as curvas de Helô Pinheiro, e nos faz, principalmente, querer sambar.

Era uma terça-feira, dia 18 de março. Um dia antes, chuvas torrenciais massacravam a capital carioca. Nuvens cobriam a nossa Fortaleza. Antes de partir, eu e meus companheiros (meu irmão, sua mulher, meu primo e a sua futura esposa) compramos aquilo que seria o primeiro passo para a essência do Rio de Janeiro: um chopp. Bebemos, embarcamos e decolamos. Após 3 horas e dez de viagem, pousamos no Galeão. Era 19:30 e meu primo estava nos esperamos. Fomos pra casa (de uma tia minha, abençoada seja ela) onde passariamos esses dias, localizada na Tijuca, um bairro central e de ótima qualidade. Conversamos um pouco nos familiarizando com meu primo Ricardo, a ajudante do lar Celestina (potiguar do Panema) e seu filho, Julio de 9 anos. Pois bem, queriamos de já aproveitar. Nos aprotamos e partimos par o primeiro barzinho que achacemos. Nos indicaram o "Garota da Tijuca". La, pela primeira vez bebi um chopp de verdade, aquele que desce tão suave quanto um gole gelado de agua em uma manhã quente e que refresca todo um corpo cansado pelo castigo do calor. E ai começou o meu Rio de Janeiro.

Saimos do bar onde fomos muito bem atendidos por um garçon cearense e fomos pra casa, o proximo dia seria de grande movimento.

Amanheceu e o relógio marcava 9 horas. O ceu estava limpo, como o Rio não via a quase duas semanas. Nesse quesito, fomos abençoados pela sorte. Queriamos que o sol brilhasse por toda nossa visita. Puxei o ar com força e senti o cheiro diferente da cidade. Um cheiro bom, de história, de cultura, de "malandragem", mas principalmente, de cidade. Nos arrumamos e entramos no carro. Fomo direto conhecer o principal ponto turistico do Rio: o Cristo Redentor. Pagamos R$ 36 reais por cabeça elo passeio do bonde que leva ao corcovado. Nos misturamos a inúmeros turistas do mundo todo querendo conhecer a mais nova maravilha do mundo contemporâneo.

A subida parecia mais um trailer do que poderiamos esperar do Corcovado. A vista espetacular da cidade. de vez em quando, um trecho aberto mostrava um pouco do imenso Rio de Janeiro. E na primeira vez que tivemos uma vista mais limpa da cidade do alto, mas ainda no bonde, um Ohhhh dos turistas foi expressado, uma vista que causa arrepios. Um grupo de Samba cantando "você pagou com traição, a quem sempre te deu amor" (não me lembro o nome da música, me ajudem). Chegamos ao topo do Corcovado, e o que mais queriamos era subir mais, ficar aos pés do Cristo, e ver toda a cidade. Subi, e subi, e esqueci dos companheiro, até o topo. E lá parei. Assim descobri, que a maravilha não é o cristo, mas a vista que ele achou para com suas mãos abençoar toda aquela cidade maravilhosa. Por um tempo passei la, tirei fotos e desci.

Saimos, sentamos em um quiosque e bebemos mais um chopp. Decidimos ir, então pra Copacabana, o bairro mais tradicional do Rio. Pegamos, então um taxi, chegamos à Av. Atantico, passamos em frente ao imponente Copacabana Palace. Fomos até o apartamento dos tios de minha cunhada. La sua tia, uma senhora muito simpática, nos apresentou o bairro de Copacabana, a pé. Sim, sim, esse lado do Rio é muito seguro. Nem lembrava dos noticiários de violência. Pela Av. Nossa Senhora de Copacabana, conhecemos muita coisa, e almoçamos no Solario, restaurante self-service. Andamos bastante, conhecemos mais bares cujo nome não me lembro, mas de chopp inesquecível. voltamos pegamos o metrô e fomos para casa, descançar 10 minutos e sair, pois, seguindo o programa, iamos conhecer o Gigante: o maraca, Estádio Maracanã, assistir ao jogo Flamengo x Nacional.

Era 21h, estava em cima da hora do jogo. filas enormes. Polícia agindo como o Cap. Nacimento do Tropa de Elite para organizar a fila ("Todo mundo, um atras do outro, bando de Filhos da Puta. Quem não obedecer vai levar porrada e vai pro fim da fila. Tão ouvindo?! Façam fila porra!"). Não achei ruim, pelo menos organizou. Compramos o ingresso, o jogo já havia começado. mas nada de gols. Entramos na correria. Mas a cada passo sentia um frio na barriga, vendo imagens na minha cabeça que só vi pela TV. Veio a imagem de Belline levantando a taça de campeão do mundo, Pelé marcando o milésimo, das torcidas de Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Imagens dos confrontos entre, Zico e Roberto Dinamite. Os dribles de Garrincha. Mas principalmente, antevi o movimento que a Copa do mundo de 2014 fará naquele estádio.

Fora um momento sublime pra mim, que por todo o momento me senti mais saudosista que qualquer louco por futebol que o mundo e o meu Brasil já produziu. Pra onde eu olhava, me lembrava de uma imagam. Mal prestava atenção ao jogo que corria aos gritos fanáticos da torcida flamenguista (lembrando muito a torcida do meu vozão). Vi no gramado Giggia correndo e descendo pelo flanco direito, em diagonal, chegando perto do gol de Barbosa, entrando sozinho, deixando os zagueiros brasileiros para traz, chutando para o gol, onde a bola passou por baixo do corpo do nosso goleiro e calando, ensurdecedoramente o Gigante. O Uruguai era campeão do mundo em 1950, causando aflição nacional.

No jogo, Flamengo venceu por 2 x 0. Demoramos a sair, pois queriamos esperar os 40 mil torcedores sairem primeiro. e deixamos o estádio. Descansar e aproveitar o próximo dia.

P.S. Itaipava... sensacional.

Continua...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sim... Eu continuo a escrever!!

Bom pessoal... há muito não escrevo, mas isso foi por causa do meu isolamento para o conhecimento de uma das mais belas cidades do mundo... Nosso Rio de Janeiro.

Sim, Sim... me impressionei demais com a Cidade Maravilhosa, que se desmitificou para mim. Violência Zero, não escutei uma sirene, e nenhuma diferença com a minha Capital Cearense.

Logo mais postarei sobre a viagem... agora vou ficar escutando Antônio Brasileiro Jobim e Cartola!!

Em breve, Rio de Janeiro aos meus olhos!

P.S. Ultimo filme visto - Batismo de Sangue - Recomendo a qualquer estúpido que um dia já defendeu a ditadura, como já ouvi algumas pessoas defenderem (pessoas sem nenhuma noção da realidade, digo)

sábado, 15 de março de 2008

Amor Existe???

Esse texto é uma explicação química pro "Amor"...


Por traz de um "eu te amo" existem mais implicações do que uma corajosa declaração de amor. Quando se diz "eu te amo", quando se faz amor, quando se sente prazer, o cérebro produz reações químicas específicas. Mas isso não quer dizer que sentimentos amorosos e afetivos sejam apenas conseqüências de situações biológicas. Hoje, graças ao progresso de uma ciência revolucionária, a neuropsicobiologia, conseguimos provar finalmente que sentimentos de cólera, amor, admiração e etc, correspondem a realidades físicas, químicas e hormonais. Cada uma das células nervosas é uma verdadeira fábrica que sintetiza moléculas com informações particulares: a dopamina age sobre o prazer, a acetilcolina sobre o centro do orgasmo, a serotonina sobre o humor, etc. O hipotálamo supervisiona o tônus do desejo sexual, regula a secreção dos hormônios sexuais, controla as atitudes instintivas de sedução e é responsável pelo amor. O sistema límbico (cérebro emocional) coordena o lado sexual e sentimental: ele torna o encontro amoroso sensível, memoriza os afetos e é o centro do orgasmo. O neurocortex (cérebro inteligente) permite a realização do ato sexual, mas é também responsável por nossos fantasmas, pela nossa cultura erótica, os requintes amorosos, a estética, os tabus e as culpas. Você conta suas conquistas amorosas com o hemisfério esquerdo do cérebro que é racional e lógico, e sente prazer com o hemisfério direito que é o da emoção, da intuição e da estética.Ter uma vida cerebralmemnte harmoniosa depende da boa relação entre esses dois lados.

A ANFETAMINA DO AMOR

Um estudo experimental revelou que, quando a gente se apaixona, o cérebro secreta a feniletilamine, a chamada "anfetamina do amor" que faz desaparecer bloqueios, inibições e sensuras, permitindo, assim, a própria paixão. Os hormônios internos também reagem: aumenta a produção dos hormônios sexuais e tiroidianos, da insulina e do cortisol (hormônio de defesa do organismo que estabiliza o humor). Tudo isso é regulado pelo hipotálamo em relação ao cérebro emocional, sem que o neocórtex possa interfirir para ajudar a compreender o que se passa. Claro que este estado de excitação não dura a vida inteira. Mas ainda se vê casais comemorando sua bodas de ouro. Como isso é possível, então? Passada a fase de excitação, instala-se no cérebro um estado que pode se chamar de "euforia-dependência". A presença da pessoa amada proporciona alegria interior e serenidade. Esta presença torna-se cada vez mais necessária e indispensável.

É a mesma dependência que se observa nas pessoas viciadas em morfina. Quem ama vive drogado de endorfina (morfina produzida pelo próprio corpo). Mas se o toxicômano precisa aumentar cada vez mais sua estimulante dose de morfina, o organismo de quem ama não pode secretar ilimitadamente endorfinas. Quando ele alcança seu limite, ele produz endorfina apenas de maneira excepcional. É neste ponto do relacionamento que alguns casais acabam brigando. Os casais unidos, ao contrário, são aqueles que conseguem excitar mutuamente seu sistema de prazer, evitando a monotonia e o costume da vida em comum. Não é à toa que vários conselheiros conjugais recomendam a introdução constante de novidades e surpresas na vida a dois. Paradoxalmente, os casais mais passionais, podem viver juntos mais tempo devido às crises freqüentes que levam a apaixonadas reconciliações.

Em compensação, durante o rompimento, o comportamento da pessoa abandonada se parece com o do drogado na falta de morfina: ansiedade permanente, insônia, irritação, problemas diversos seguidos de uma fase de apatia, prostração e desinteresse pelo mundo. Todas as pessoas que passaram por um choque afetivo ou um abandono amoroso falam de seu sofrimento. Este sofrimento moral, e não físico, é bem conhecido dos psiquiatras que tratam de depressão, e é tão ou mais real quanto a dor que se sente num braço ou no estômago. Esta reação depressiva, às vezes muito importante, é causada pela falta de endorfina. E quando se disfarça a solidão descontando na comida, é a falta da endorfina que nós estamos tentando suprir.

FRUTAS, CEREAIS E CHOCOLATES PARA CONSOLAR

Mesmo inconscientemente não é por acaso que se procura consolo em algumas frutas, em particular nas cítricas e nas vermelhas. Isso devido ao seu teor de açucar e de vitamina C (anti-stress e anti-fadiga). Não hesite em consumí-las quando você estiver mal. Outra atração são as oleaginosas e os cereias, que possuem uma substância indispensável ao equilíbrio do sistema nervoso: o magnésio, cuja falta se traduz por nervosismo, problemas de sono e angústia, acompanhados de sensação de mal-estar.

Também não é por acaso que 80% dos desiludidos amorosos se consolam com chocolate. O cacau é rico em magnésio e também em feniletilamine (anfetamina do amor), em triptofanina que, absorvida pelo organismo, provoca uma série de transformações e em serotonina, importante na regulação do humor. Por isso não é absurdo considerar o chocolate como remédio para os males do amor. Além do mais, seus efeitos secundários são menos nocivos do que os dos antidepressivos clássicos.

O AMOR É BOM PARA TODOS

O amor é um ótimo tranquilizador do nosso sistema nervoso. Ele é, acima de tudo, um momento em que medos, angústias e inquietudes são esquecidos e as consequências nocivas de eventuais preocupações em nosso corpo são abolidas. Através da produção de endorfinas secretadas em quantidade pelo cérebro durante o ato sexual, o sistema nervoso central provoca uma certa euforia, qualificada às vezes de "beatitude".

Hoje sabe-se que a atividade sexual regular é recomendável aos cárdiacos, pois ela diminui o nível de stress (principal inimigo das coronários), sem, contrariamente ao que se acreditava, sobrecarregar essa parte do organismo. Mas o benefício do amor físico não é reservado somente aos cardíacos! A descarga hormonal, sexual e nervosa causada pelo ato sexual tem efeitos positivos em todo mundo, pois estimula o tônus do organismo, aumenta a sua vitalidade e diminui as tensões. Fazer amor também é o melhor remédio contra a hipocondria, com a vantagem sobre os outros remédios revitalizantes de não ter nenhum efeito secundário.



Mas o amor não precisa ser necessáriamente físico. O sistema de prazer do cérebro pode ser ativado por sensações não sexuais, não físicas. Podemos sentir uma profunda serenidade com um ato de fé, ou se satisfazer plenamente escutando uma bela sinfonia ou contemplando uma escultura... Todas as alternativas são válidas!!!



Depois dele, podemos ver que, a palavra Amor pode ser trocada por várias outras... portanto, parem de sonhar... "Amor" é só isso!!!!



quarta-feira, 5 de março de 2008

Música e Cinema

A primeira, uma paixão recente... a segunda, uma história antiga...

A música pra alguns é a alma, o espírito, um gancho que leva às profundezas de certos sentimentos. E assim, também o cinema acolhe a música... desde seu início, com aquele cara no piano tocando músicas que ele preparou ara o filme, acompanhando imagens, a música vem dando maior dramaticidade à imagem em movimento...

Então veio, em 1927, O Cantor de Jazz, primeiro filme a se utilizar de uma tecnológia que revolucionaria o cinema... o Som. E o ponta-pé inicial para os filmes musicais. Assim, o áudio e o vídeo vem em constante evolução, tanto em linguagem, quanto em técnica.

Depois de ter lido uma matéria sobre trilhas sonoras no blog do Zeca Camargo, tentei me inspirar e colocar aqui minhas trilhas sonóras (orquestradas e cantadas) prediletas... Ai vai:

1. Forrest Gump (A trilha Sonora de toda a história recente americana - Blow'in the wind, Free bird, alé de outros vários clássicos)
2. Elizabethtown (Trilha Sonora pra viagem... Perfeito)
3. Jerry Maguirre (vale mais pelo The Secret Garden de Bruce Springsteen, porém, a cena com a música é realmente tocante)
4. Quase Famosos (Uma homenagem ao Rock'n Roll)
5. O Hotel de um milhão de dollares (Uma verdadeira viagem experimental do U2)
6. Pulp fiction (Como esquecer a abertura do filme?)
7. Kill Bill (A homenagem aos filmes de Cowboy e aos filmes japoneses é sensacional)
8. Curtindo a vida adoidado (anos 80 na veia)
10. Cidade de Deus (Cartola nos créditos finais é pra fechar com chave de ouro)
11. Guerra nas Estrelas (John Willians fez essa eterna música que marcou o cinema, mas a minha favorita é o Tema da Força - The force Theme)
12. O Poderoso Chefão
13. Trainsportting
14. Por uma vida menos ordinária
15. A professia (o antigo, é a música que me dá mais medo - Saca o título - Ave Satani)
16. O Iluminado (A segunda música que me dá mais medo)
17. 2001 - Uma Odisseia no espaço (A Trilha original representa a evolução numa escalada sensacional chegando ao climax com todo o som de uma orquestra moderna - isso pra 1969 - Sem falar que é uma grande homenagem à música clássica. Como esquecer a Valsa das Valquírias acompanhando a cena da estação espacial?)
18. Laranja Mecânica
19. Coração de Dragão (A musica original desse filme está em todas as festas do Oscar, e na minha opinião, muito marcante)
20. Central do Brasil (Simplesmente, adoro a música do filme... simples e tocante)
21. Blade Runner
22. A lista de Shindler
23. ET - O extraterrestre
24. Superman
25. The Wall - Pink Floyd (Não poderia ficar fora dessa lista)
26. O Senhor dos aneis - (Trilogia completa - A materialização musical do mundo de tolkien. Desafio: Duvido você ler o livro sem escutar o som de Howard Shore)
27. Casablanca (Mais por As Time Goes Bye - "Play it Sam")
28. Piaf - Um hino ao amor (Escutar La vie en Rose no arcodeon, e a garota cantando a Marcelesa... sem palavras)
29. Sem Destino
30. Corra, Lola, Corra (Música tecno com cinema moderno... foi uma mistura muito feliz e que excita muito o espectador)

Se esqueci de alguma... me lembre...

Por hoje é só!!!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sunshine - Alerta Solar


Pra mim, Danny Boyle é um gênio. Um dos primeiros filmes que vi dele foi Por uma vida menos ordinária, com Ewan MacGregor e Cameron Diaz. Engraçado, com uma montagem rápida e irônica, junto com todo o texto. Ví nele toda a imagem do humanoide moderno que busca nas maneiras mais estúpidas possíveis uma maneira de sair um pouco da mesmisse. E como fugir da mesmisse sem ser estúpido? É nessa linha que Trainsportting, seu primeiro filme de sucesso internacional, segue. As viagens senscionais de jovens britânicos tentando ser um pouco menos... britânico, se é que vocês me entendem.

Há poucos dias assisti Sunshine - Alerta Solar, seu mais recente trabalho a chegar nos cinemas brasileiros, porém, vi em dvd (um erro, pois é um filme pra se ver no cinema). Ao melhor estílo Kubrick de se filmar e tentando passar a sensação de gravidade zero, com câmeras em movimentos lentos em cima de trilhos, com planos tortos que passa a sensaçãos de desequilíbrio por parte dos personágens, que vivem uma uma realidade de fim do universo, já que a estrela que alimenta a vida no planeta terra está se apagando, e eles estão em uma missão para tentar reacender o sol, para dar continuidade à vida, Danny Boyle nada em seu oceano imaginário que tanto caracteriza seus filmes. Na minha opinião, sensacional.

Com alguns Clichês tradicionais do cinema (mas que nada atrapalha no filme, até porque alguns clichês ainda dão muito certo), o filme ainda percorre com imagens belíssimas do espaço e da nossa estrela maior, o Sol, tanto odiado por mim (não ia achar ruim se ele diminuisse um pouquinho sua temperatura, até porque, moro em Fortaleza, e de vez em quando o calor incomoda).

O Teor fantasioso do filme me alegra, e ao mesmo tempo, me comove, pelo assunto Ser-Humano, luta pela vida. Acho que é essa a missão do cine-pop atual. Pegar a realidade, e falar dela com um pouco de fantasia, de ficção. Imagens bonitas, roteiros que faça um bom elo entre publico e autor, montagens aquecida de animo e que não seja um motivo para dormir na sala, sons que passem a realidade filmica e assim por diante. É necessário trazer popularidade ao cinema, e é isso o que alguns e criticados diretores nacionais fazem em seus filmes, tentando prender o público as suas fantasias.

Sou fã de Danny Boyle e de sua linguagem fantastica... assistam seus filmes: Trainsportting, Por uma vida menos ordinári, Caiu do céu, Extermínio, Sunshine e etc.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

10 Cenas marcantes do cinema


Vi no Site Sedentários e Hiperativos e concordo plenamente, só não com a 10ª escolhida no Site...

10 cenas marcantes do cinema

1 - A arrepiante interpretação de Daniel Day-Lewis como Gerry Conlon na morte do pai, Giuseppe, em “Em Nome do Pai”;

2 - A implosão do Cinema Paradiso no filme homônimo;

3 - Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) deitados sobre o lago congelado em “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”. Cena saturada de romantismo e simbolismo;

4 - A descoberta de Onoff (Gérard Depardieu) em “Uma Simples Formalidade”;

5 - Elliot e E.T. na bicicleta que voa com o tema musical inesquecível de John Williams ao fundo;

6 - Forrest Gump descobre que tem um filho e pergunta a Jenny: “Ele é esperto?!” com lágrimas nos olhos. Tom Hanks GÊNIO!

7 -A hilária cena da crucificação em “A Vida de Brian” (Monty Python);

8 - A lendária sequência da mãe morta e o carrinho de bebê pelas escadarias em “Encouraçado Potenkim”, que teria uma inspirada releitura em “Os Intocáveis”;

9 - O tiro na menina no colo do pai em “Crash - No Limite”;

10 - O final mais que surpreendente de “A Vida de David Gale”.

Para mim, a cena da Ferrari caindo da garagem no filme “Curtindo a vida adoidado”; a banheira caindo e a risada mais que engraçada do Tom Hanks em “Um dia a casa cai” (se você estiver meio deprimido(a), essa cena é um bom remédio); e a cena final de “clube da luta”, deveriam estar nessa lista.

E ainda, a chegada dos Cavaleiros de Rohan na batalha final de O Senhor dos Aneis - O Retorno do Rei... A cena da granada em Tropa de Elite... O início de O Resgate do Soldado Rian... e, claro, a Introdução e abertura de Guerra nas Estrelas

E vocês, quais as cenas marcantes do cinema que faltaram?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Os Mutantes


É... eu adimito!

Não conhecia Os Mutantes... Eu era um estúpido (Não, não estou chamando aqueles que não conhecem de estúpido, mas aqueles que não querem conhecer).

Escutando o album Os Mutantes de 1968, em sua faixa inicial, Panis et circense, vejo como um anuncio do que há de vir, a força do Tropicalismo, do experimentalismo, um anuncio com instrumentos de sopro, como um chamado. Daí em diante, o album se torna um oceano se sonoridade. Guitarras distorcidas, a voz viajante de Rita Lee, não tem como não mexer com a gente.

Lembrando Beatles em sua era psicodélica, Pink Floyd, e várias outras bandas... a musica pop brasileira ficou marcada. Segundo a Rolling Stones, em uma lista dos 50 albuns mais experimentais de todos os tempos, esse ficou em 12° lugar duas posições acima de Sgt. Pappers Lonely Hearts Club Band, dos próprios Beatles, e muitas posições acima de The Pipper of the Gates Down do Pink Floyd, esse confesso não ter escutado, nada que não se possa resolver, né!

Escutando esse album, você sente vontade de ter vivido naquela época (óbviu, se você não tiver tido a oportunidade de vivenciar aqueles tempos, que na minha opinião, fora um dos mais criativos e produtivos da cultura brasileira).

Vou estudar mais as musicas do Tropicalismo. Simplesmente sensacional! Viva Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

Onde os Fracos não tem Vez





Nesta noite foi entregue as estatuetazinhas do Oscar, prêmio maximo do "pobre" cinema americano. Isso segundo alguns críticos chatos, saudosistas e insuportáveis. Pessoas que "entendem" demais de arte e se acham no direito de esculachar aquilo que não satisfazem seu gosto, ou suas emoções conturbada de sua infância castrada.

Pois bem, o legal de se ter o blog é a chance que você tem de esculhambar com quem só faz esculhambar e não aceitam o novo. Em um dos meus primeiros posts falei do problema da política cultural cearense. É um setor comandado por velhos, com sua "arte" ultrapassada e que vivem de suas influências políticas, fazendo filmes, musica, peças, exposições fotográficas, seja la o que for, sobre assuntos que não tem mais o que acrescentar a ninguem. Talvez por ter sido tão insitentemente abordada de maneiras tão "artisticas" sem se preocupar com a comunicação com o público que beira a pena. Enfim, isso é só um pouco da minha revolta pelos "responsáveis" da cultura local serem regionalistas demais, e não preocuparem em, antes de mais nada, serem brasileiros, e entrarem em contato com o novo, evitando que novos valores apareçam, tententando mudar tudo aquilo o que é chato.

Acho que isso também envolve um pouco dos ditos "Cults". Não tem como não se estressar com essa tribo. É quase a mesma coisa que um Emo. "Assisto filmes. Oh, sou um intelectual" Premissa básica deles. Chatos, insuportáveis, e de certa maneira preconceituosos. Em primeiro lugar, indivíduos... o intelectuo há de ser compreendido. Todos nós somos intelectuais, todos pensamos, temos histórias e estórias. Temos dramas, suspense, humor. Fazemos parte daquilo que chamamos "montanha-russa da vida"... vocês realmente se acham melhores que um playboyzinho criado e bancado pelo papai? Quem sabe num vá ser ele que vá salvar sua vida em um processo movido por alguem, defendendo sua causa... ou quem sabe, num vá ser ele que vá dar 10 centavos para ajudar você a comprar sua cana, lá no Dragão do Mar. Por tanto, retenha-se a suas e as nossas mediocridades perante o universo.

Assim como o mundo, todos os dias a arte muda. Novas mídias, novas ideias, novas propostas. E o que eu vejo é que por aqui não há a vontade dos "artistas" de fazerem algo realmente interessante, que não se retenha à pena do pobre coitado sofredor da seca, mas sim que tenha o peito e a coragem como Glauber Rocha (que não precisou se dizer baiano para revolucionar o cinema mundial), Fernando Meireles e José Padilha. Que tenham o coração de Walter Sales, que tenham a inovação linguistica de Heitor Dhalia. Sabe-se que no Brasil há um celeiro de criatividade esperando por uma chance que não depende apenas do governo, mas sim de toda uma geração ultrapassada saírem de cena, e dar espaço a outros.

Viva a cultura Pop. Viva a estética. Viva a velocidade. Viva a sonoridade. Viva os Irmãos Coen. Viva o novo cinema francês. Viva o cine-entretenimento americano. Viva o samba e a bossa brasileira, e seu cine-realidade. Viva o mercado exigente. Viva as novidades. É, velharada, chega da cor marrom-terra, chega de seca, chega de sertão, praia e cariri, chega de cine-pena (aqueles filmes que parecem que foram feitos por pena de alguma pessoa que vive de cede no sertão, por exemplo), chega de saudosismo. Viva a Tecnologia e a cultura pop, pois esse é o nosso tempo.

E o Oscarvai para...

Sobre o Oscar...

1. José Wilker é um chato... O Ultimato Bourne não é o melhor filem do mundo, não se encaixa no papel de "arte", mas faz o papel de arte-entretenimento que tanto defendo, uma montanha-russa de diversão dentro da sala de cinema. Eu me tremia "todim" quando o Wilker comentava alguma premiação ao filme com as mesmas palavras: "É, o filme só fala disso mesmo". Oh imbecil, pro filme ter suspense, ele precisa ter um roteiro muito bem elaborado, uma produção muito boa, uma boa direção, e um grande montagem... então pare de dizer que o filme só fala disso... ele foi feito para isso: Divertir as pessoas, e ponto.

2.
Marion Cotillard (a atriz mais linda do novo cine francês) venceu o Oscar pelo seu impecável trabalho em Piaf- Um hino ao Amor. Na minha opinião, o premio mais merecido e melhor bem dado na festa.

3. Impecável discurso de Ethan Coen: "Obrigado". E pra completar com a vitória na categoria de direção... "Não tenho muito a acrescentar ao meu discurso anterior. Então, Obrigado".

4. Piadas chatas. Não aguento mais ouvir falar do Iraque, e a galera bota pra apresentar um prêmio, soldados la em Bagdá. Minha Nossa Senhora (Sempre me pergunto, como a dita Senhora é Minha e é Nossa ao mesmo tempo?) a pena deles também é chata.

Acho que uma musica muito bem relacionada a esse texto é "Como nossos pais", na revoltada voz de Elis Regina!!

É só pessoal...