quinta-feira, 27 de março de 2008

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (2ª Parte)


Tentando ser mais objetivo...

Amanheceu o segundo dia, e o céu do Rio de Janeiro continua azul, com um forte sol iluminado toda orla, o centro e o Redentor. Nos levantamos cedo. Pegamos o metrô e dessemos na estação Catete. Lá saimos em frente ao Palácio do Catete, antiga sede do governo brasileiro, onde se ensaiou os primeiros passos da República Federativa do Brasil, e onde Getúlio Vargas se suicidou. Hoje transformado no Museu da República, o ponto eu referencio, ótimo lugar para se aprender muito sobre parte da história da nossa política.

Ao chegar por lá, as 10h, o palácio estava fechado. Descontente procuramos um canto para tentar passar um tempo. Era o centro do Rio, e achamos um barzinho chamado Bar do Getúlio. Não era o bar que o nosse ex-presidente fazia seu "Happy-hour", muito menos o bar frequentado por Carlos Lacerda. Mas é o bar que resgatou toda a memória do local, com charges proibidas na época da ditadura de Vargas na década de trinta, fotos da época, e principalmente a ambientação. Pedimos um chopp. Mais uma delícia do Rio. La conversamos um pouco sobre história com um jovem garço que nos ensinou e disse pra fazer um percurso que seria os passos da familia real no Brasil, e da época imperial.

Pois bem, depois de 3 chopps pra cada, pagamos a conta e fomos visitar o local... A sensação de andar pela antiga sede do governo é embreagante (não, não era o chopp). Não há como não ficar enfeitiçado pelo radio antigo tocando músicas das campanhas políticas de Vargas. Ou fotos dos Barões e suas vestimentas antigas, primeiros donos do palácio. Dava pra sentir os seus fantasmas rondando as salas. E por falar em fantasma, o climax está ao entrar na anti-sala onde está a roupa usada por Vargas na noite de seu suicídio, e o seu quarto. Um clima fúnebre, frio, e tocante, ao som da leitura da carta de suicídio e de uma música funebre de Villa-Lobos cujo o nome me foge a memória.

A cada passo dado para sair, tentei fugir um pouco da maresia histórica que o local me envolvia. Para relaxar um pouco, andamos pelos jardins do palácio, com gigantescas palmeiras imperiais que atingia 20 metros de altura, fontes, um belo jardim, crianças que brincavam e velhos que liam jornais e discutiam política nos bancos muito bem conservados. Deixamos o museu e decidimos... vamos voltar ao Bar do Getúlio e beber mais uns chopps. Maravilha! Fizemos, mesmo contrariados pela cunhada.

Voltamos a Copacabana, almoçamos e fomos direto para o Leblon. O bairro mais charmoso do Rio de Janeiro. Loja de grifes famosas, segurança por todo o percurso, tudo girava bem no Leblon. Atingimos as calçadas da praia, e andando chegamos em Ipanema. Praia de mulheres lindas, brilhando e despojando toda sua beleza pra todos os marmanjos que queiram ver (e quanto eu ví). A tarde caía, e achamos a rua do poeta... rua Vinícius de Moraes. Entramos nela e lá achamos o espirito do poeta, as garotas de Ipanema, as mulheres, música e letra de Vinícius. Descemos a Rua Vinícius de Moraes, fomos até a Nascimento Silva e procuramos a casa de numero 107, onde funciona o Vinicius Piano Bar. Pois bem, voltamos pra casa, botamos roupas melhores e voltamos à rua do poeta.

Primeiro, sentamos do Bar do Vinícius, onde no segundo andar funciona uma casa onde toca bossa, e lá estava acontecendo um show da Maria Creuza, cantando, adivinha... Vinicius de Moraes. Bebemos Chopp, comemos uma deliciosa picanha, e depois de um bom tempo e de boas conversas, saimos. Andamos um pouco pela rua e la vimos, o Bar Garota de Ipanema, Conversa Fiada e a Livraria Toca do Vinícius. Pegamos um Taxi e fomos até o Leblon, onde conhecemos o famoso bar Devassa. Cansados voltamos pra casa.

No dia seguinte, levantamos cedo e fomos pra praia de Ipanema, Posto 9. Encontramos com meu primo e sua noiva. Andei um pouco pelas areias, e o ví... mulher mais gostosa que já vi na vida... pena que ela me olhava como um inseto... foda-se pensei, não deixei de secá-la, nossa, permitam-me, pois um bocado de urubus cariocas pit-boys estavam de queixos caidos... imagine eu, então. Perfeita.

Aiai...

Resolvi esfriar a cabeça e tomar um banho nas aguas frias da praia carioca. Saimos e já era 14h, fomos almoçar no Garota de Ipanema. uma delícia. Estava com a camisa do Alvinegro Glorioso, o vozão, do coração do povão. E me senti em casa. Garçons cearenses vinham até mim, cumprimentavam, e mais de 6 pessoas estenderam a mão até mim dizendo "dá-lhe vozão"! Como as pessoas são inteligentes.. tudo isso em menos de 10 minutos. Almoçamos e gastamos mais de 40 reais em chopp... cada um! Dinheiro muito bem gasto. Vinicius e Tom Jobim nos abençoaram naquela tarde. Era o terceiro dia de sol na Cidade Maravilhosa, e os cariocas aproveitavam. Nós cearenses também.

A noite, foi a vez da Lapa. A essência da cultura do Rio e do Brasil. A mais famosa, claro. La se encontrava Cartola, Madame Satã, e todos os clássicos artista. Fernando Pessoa quando estava no Brasil, ia para a Lapa. Carlo Drummound de Andrade, também. E os maiores sambistas vieram de lá. A melhor música do mundo vinha de lá. E o samba do Rio 40 graus troava e faziam as pessoas vibrarem. Mas, claro, é necessário ficar de olho. No Rio, ainda tem muito "malandro" que não pode ver uma oportunidade.

O Ultimo dia!

Acordamos mais tarde... Saimos com a intenção de ver mais história. Saimos numa van e fomos ao centro do Rio. Seguimos o passo imperial. Paramos na praça do Theatro Municipal, imponente com suas colunas gregas, as câmaras municipais, todas com arquitetura clássica, da época do império, que lembra a europa francesa. Lá avistamos o Bar Amarelinho. Funcionando na Cinelândia desde 1921. Ficamos lá até as 15h, e sem exitar... é o melhor chopp do Rio, tira gostos excelentes, uma maravilha. Vale a pena ir la. Depois fomos ao Museu Histórico Nacional... esse merece um texto só sobre ele... o mais sensacional museu histórico que eu já visitei, apesar de num ter visitado tantos, mas pelo menos melhor q o dos "portuga" é. La vemos sessões sobre os indios encontrados pelos portugueses, a chegada da família real, a indapendência, o império, as guerras (Principalmente a do Paraguai, com amostra de afrescos e arsenal da época), e começo da pública. Também tendo espaço para outras exposições.

De lá, fomos direto pro shopping, onde o pessoal queria assistir uma peça de teatro. "Dona flor e seus dois maridos", com Marcelo Faria, Dado Rodrigues e Carol Castro. Todos queriam ver de perto os "famosos". Eu particularmente, não ia gastar 60 contos pra assistir essa peça. o pessoal foi, eu fiquei rodando o shopping, fui a livrarias, e depois fiquei em frente ao teatro esperando terminar. Quando me dou de conta, está o Marcelo Farias (que deve ter 1,65m de altura no maximo) conversando com o porteiro. Ele entra no teatro por uma porta que deve dar aos camarins. E depois, a Carol Castro senta ao meu lado, primeiro naum tinha reparado, mas depois me toquei. Baixinha, magrinha e bonitinha... ela parece....... igual a todo mundo... todos eles são seres humanos... que grande coisa.

Quando sairam do teatro, fomos em casa, tomamos um rápido banho e fomos ao Devassa, no Leblon. Bebemos e encerramos nossa ultima noite no Rio. No dia seguinte, domingo de Páscoa, voltamos para Fortaleza, a tempo de pegarmos o jogo do Vozão. Foi uma ótima semana. Um lindo lugar que me fez refletir mais sobre meu Brasil. E me deu mais vontade de conhecer novos lugares. O Rio encanta... o Rio enfeitiça... o Rio clama para que todos o vejam de perto. E eu, particularmente, recomendo!

Um comentário:

momento suspenso disse...

"Tentando ser mais objetivo..."


percebí a sua completa objetividade.



aheuaheuaheauheaue


Laíssa