quinta-feira, 27 de março de 2008

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (1ª Parte)


Nem Vinícius de Moraes, nem Tom Jobim, nem a Garota de Ipanema, nem a antiga República me chamavam a atenção para a nossa antiga capital da República. Desse argumento cito o Rio de Janeiro. Confesso que nunca tinha visitado, e nesse feriadão ultimo, resolvi conhecer a Cidade Maravilhosa. E ví o quanto ela brilha, e sinto o quanto ela encanta. Sim... sim, aqui farei um relato de minha breve passagem por aquela cidade que respira as poesias de Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, assuvia as notas de Tom, lava nossa vista com as curvas de Helô Pinheiro, e nos faz, principalmente, querer sambar.

Era uma terça-feira, dia 18 de março. Um dia antes, chuvas torrenciais massacravam a capital carioca. Nuvens cobriam a nossa Fortaleza. Antes de partir, eu e meus companheiros (meu irmão, sua mulher, meu primo e a sua futura esposa) compramos aquilo que seria o primeiro passo para a essência do Rio de Janeiro: um chopp. Bebemos, embarcamos e decolamos. Após 3 horas e dez de viagem, pousamos no Galeão. Era 19:30 e meu primo estava nos esperamos. Fomos pra casa (de uma tia minha, abençoada seja ela) onde passariamos esses dias, localizada na Tijuca, um bairro central e de ótima qualidade. Conversamos um pouco nos familiarizando com meu primo Ricardo, a ajudante do lar Celestina (potiguar do Panema) e seu filho, Julio de 9 anos. Pois bem, queriamos de já aproveitar. Nos aprotamos e partimos par o primeiro barzinho que achacemos. Nos indicaram o "Garota da Tijuca". La, pela primeira vez bebi um chopp de verdade, aquele que desce tão suave quanto um gole gelado de agua em uma manhã quente e que refresca todo um corpo cansado pelo castigo do calor. E ai começou o meu Rio de Janeiro.

Saimos do bar onde fomos muito bem atendidos por um garçon cearense e fomos pra casa, o proximo dia seria de grande movimento.

Amanheceu e o relógio marcava 9 horas. O ceu estava limpo, como o Rio não via a quase duas semanas. Nesse quesito, fomos abençoados pela sorte. Queriamos que o sol brilhasse por toda nossa visita. Puxei o ar com força e senti o cheiro diferente da cidade. Um cheiro bom, de história, de cultura, de "malandragem", mas principalmente, de cidade. Nos arrumamos e entramos no carro. Fomo direto conhecer o principal ponto turistico do Rio: o Cristo Redentor. Pagamos R$ 36 reais por cabeça elo passeio do bonde que leva ao corcovado. Nos misturamos a inúmeros turistas do mundo todo querendo conhecer a mais nova maravilha do mundo contemporâneo.

A subida parecia mais um trailer do que poderiamos esperar do Corcovado. A vista espetacular da cidade. de vez em quando, um trecho aberto mostrava um pouco do imenso Rio de Janeiro. E na primeira vez que tivemos uma vista mais limpa da cidade do alto, mas ainda no bonde, um Ohhhh dos turistas foi expressado, uma vista que causa arrepios. Um grupo de Samba cantando "você pagou com traição, a quem sempre te deu amor" (não me lembro o nome da música, me ajudem). Chegamos ao topo do Corcovado, e o que mais queriamos era subir mais, ficar aos pés do Cristo, e ver toda a cidade. Subi, e subi, e esqueci dos companheiro, até o topo. E lá parei. Assim descobri, que a maravilha não é o cristo, mas a vista que ele achou para com suas mãos abençoar toda aquela cidade maravilhosa. Por um tempo passei la, tirei fotos e desci.

Saimos, sentamos em um quiosque e bebemos mais um chopp. Decidimos ir, então pra Copacabana, o bairro mais tradicional do Rio. Pegamos, então um taxi, chegamos à Av. Atantico, passamos em frente ao imponente Copacabana Palace. Fomos até o apartamento dos tios de minha cunhada. La sua tia, uma senhora muito simpática, nos apresentou o bairro de Copacabana, a pé. Sim, sim, esse lado do Rio é muito seguro. Nem lembrava dos noticiários de violência. Pela Av. Nossa Senhora de Copacabana, conhecemos muita coisa, e almoçamos no Solario, restaurante self-service. Andamos bastante, conhecemos mais bares cujo nome não me lembro, mas de chopp inesquecível. voltamos pegamos o metrô e fomos para casa, descançar 10 minutos e sair, pois, seguindo o programa, iamos conhecer o Gigante: o maraca, Estádio Maracanã, assistir ao jogo Flamengo x Nacional.

Era 21h, estava em cima da hora do jogo. filas enormes. Polícia agindo como o Cap. Nacimento do Tropa de Elite para organizar a fila ("Todo mundo, um atras do outro, bando de Filhos da Puta. Quem não obedecer vai levar porrada e vai pro fim da fila. Tão ouvindo?! Façam fila porra!"). Não achei ruim, pelo menos organizou. Compramos o ingresso, o jogo já havia começado. mas nada de gols. Entramos na correria. Mas a cada passo sentia um frio na barriga, vendo imagens na minha cabeça que só vi pela TV. Veio a imagem de Belline levantando a taça de campeão do mundo, Pelé marcando o milésimo, das torcidas de Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Imagens dos confrontos entre, Zico e Roberto Dinamite. Os dribles de Garrincha. Mas principalmente, antevi o movimento que a Copa do mundo de 2014 fará naquele estádio.

Fora um momento sublime pra mim, que por todo o momento me senti mais saudosista que qualquer louco por futebol que o mundo e o meu Brasil já produziu. Pra onde eu olhava, me lembrava de uma imagam. Mal prestava atenção ao jogo que corria aos gritos fanáticos da torcida flamenguista (lembrando muito a torcida do meu vozão). Vi no gramado Giggia correndo e descendo pelo flanco direito, em diagonal, chegando perto do gol de Barbosa, entrando sozinho, deixando os zagueiros brasileiros para traz, chutando para o gol, onde a bola passou por baixo do corpo do nosso goleiro e calando, ensurdecedoramente o Gigante. O Uruguai era campeão do mundo em 1950, causando aflição nacional.

No jogo, Flamengo venceu por 2 x 0. Demoramos a sair, pois queriamos esperar os 40 mil torcedores sairem primeiro. e deixamos o estádio. Descansar e aproveitar o próximo dia.

P.S. Itaipava... sensacional.

Continua...

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