domingo, 20 de abril de 2008

Quem é mais chato?

Pra vocês... Quem é mais chato:

Chicletero x Metaleiro x Forrozeiro?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sexo Feminino x Evolução

Por Felipe Fernandes (ou Finch, pros mais intimos)

A época do colégio é marcante para todas as pessoas (que estudaram, óbvio). Por marcante quero dizer: boa, ruim, emocionante, irritante, as vezes satisfatória e, quem sabe algumas vezes, ilusória. Para mim não é diferente, aprendi muita coisa boa no colégio (que alguma parte, infelizmente, já foi desaprendida) e muita coisa ruim (que alguma parte, infelizmente, não foi desaprendida). Lembro de muitas pessoas e estórias que acho interessante compartilhar. Esse texto se trata, como se pode imaginar, de uma dessas pessoas e uma dessas estórias...

A fim de preservar sua privacidade e imagem perante seus conhecidos e familiares, chamarei essa pessoa, um professor meu da minha época de colégio, de Gilmar, Professor Gilmar. Ele era daqueles professores “gente boa”, demonstrando vasto conhecimento em todas as áreas básicas da ciência (e não só na sua especialidade, a Física), respeitava os alunos e eles o respeitavam. Era de se esperar que tal comportamento fosse levar alguns alunos a admirá-lo não só como professional, mas como pessoa. Era comum, depois das aulas, alguns alunos (incluindo eu), reunirem-se em volta de sua mesa e conversar sobre os mais diversos assuntos, de Física até a Playboy da Mel Lisboa (boas recordações).

Lembro muito bem que um dia, logo depois de falarmos sobre alguma gostosa do Big Brother, alguem fez um comentário sobre silicone obrigando a humanidade a evoluir a um estágio bem mais adaptado ao nosso mundo moderno. Gargalhadas e “salgas” depois, Prof. Gilmar resolveu falar:

“Evolução... parece interessante, mas eu não acredito nisso não! – seguido de um silêncio assombroso, afinal, estavamos estudando Evolução nas aulas de biologia. -Vejam bem, a fertilidade média da mulher brasileira é em torno de 2 filhos e é unanimidade entre os médicos que os bebês devem ser amamentados, no mínimo, até o primeiro ano de vida. Entretanto, vamos estabelecer que cada bebê mama, em média, 1,5 anos. Esse é meu caso, tenho 2 filhas e cada uma mamou durante 1 ano e meio, ou seja, o corpo da minha mulher se dedicou a amamentação por 3 anos, enquanto o nosso casamento já dura 13 anos. Assim, temos 3 para as crianças e 13 para mim, mais de 4 vezes o valor. Conclusão óbvia e lógica: A funcionalidade dos seios de minha mulher devem sofrer mais influencia da minha natureza do que a natureza de minhas filhas. Ou seja, se a Teoria da Evolução estivesse correta, a ultima coisa que ia ser produzida nas glândulas mamárias seria Leite. Quem sabe uma cervejinha... ou, por meio da diversificação intraespecial, um Chopizinho... Podendo aproveitar a simetria e deixar um dando Chopp com colarinho e outro sem. Ou quem sabe algo mais sofisticado evolutivamente falando, como por exemplo, Whisky e energético, Vodca e suco de laranja, ou, para agradar as pressões evolutivas de gregos e troianos, uma boa Coca-Cola bem gelada. É um passo em direção a adaptação, não tem pra onde correr... Agora, além de buscar uma mulher que satisfaça seu perfil social/profissional/pessoal/sexual, buscará uma mulher que produz aquilo que você mais gosta. Isso aumenta a compatibilidade das uniões, com maior chances de prosperidade para toda a espécie. Entretanto, como, infelizmente, vemos, as coisas não funcionam desse jeito”.

Chupa, Darwin!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A bola continua a girar


"Sou Alvinegro
O meu clube é raça, amor e paixão
Amo meu vozão
Penta-campeão"

(Ritimo da musica do Esporte Espetacular)

Aqueles que não curtem futebol deixam de ser um pouco brasileiro. Aqueles que criticam o futebol são idiotas, pois é um dos unicos aspectos do nosso país respeitados por todos no mundo. O Samba, a bossa, a nossa cultura gira como uma bola pelos gramados, campos de varzea, quadras, ou mesmo o local improvisado em todo Brasil.

E assim sobrevivemos, assim sentimos prazeres, assim vibramos... como em uma partida com lances duros, mágicos, tensos, felizes, tristes, de raiva...

Nada se compara ao sentimento de da vibração das arqubancadas com o pulo e os cantos das torcidas. Sugiro que todos dêem a si mesmo a chance de ir a um jogo de futebol sentir o clima do antes, com a chegada dos torcedores, uma cerveja gelada, um "cai-duro", um espetinho de carne ou frango, os gritos de guerra, até todos os momentos que o estádio proporciona.

Aqui inalguro artigos sobre a maior de todas as culturas brasileira. O nosso maior escudo. O futebol.

"A ida da Copa de 2014 para o Brasil é a peregrinação à Meca do Futebol" (Michel Platini - Jogou as copas de 1982 e 1986 pela seleção Francesa e atual presidente da UEFA)

P.S. O Samba precisa voltar às arquibancadas!!!!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ética e Liberdade



Por muito tempo, séculos, milênios, um assunto vem sendo debatido. Seja no meio filosófico, sociológico, ou mesmo dentro de uma conversa convencional, ou banal. O que é liberdade, ou melhor, somos animais livres, ou, ainda mais, existe essa tal liberdade?


Dentro dos parâmetros e valores espalhados pela Revolução Francesa (ou, em qualquer tipo de revolução), o homem (entenda-se Ser-humano) precisa de um lugar ao sol e de ar puro a respirar, sentir a liberdade – Liberté, Fraternité, Igualité – mas alem de tudo, o homem precisa ter a liberdade para escolher seu próprio destino. Ter a chance e a oportunidade de ascender dentro de uma sociedade. Contemporaneamente, essa mesma revolução contaminou outras nações. Junto à ideais nascentes dos britânicos, independências foram proclamadas e escravos libertados. O homem ganhava sua liberdade.


Mas ao mesmo tempo, se tornava mais uma vez escravo. Preso aos problemas sociais de um novo sistema que era absolutamente seletivo. Emergia, então, diversos tipos de sentimentos comuns de antigamente: o anti-semitismo; o nacionalismo; o bairrismo. E mais uma vez o homem se revoltou. Guerras foram travadas. Guerras foram vencidas. Outras surgiam. E a busca à liberdade deu margem a outro sentimento: o medo. Mas uma vez, o homem se escravizou.


O medo da destruição, do holocausto nuclear, tudo isso criou um clima para “mandos” e “desmandos” dos que estavam no poder, pois estes, também tinham medo. O tempo foi passando e o “bom-senso” imperando. Muros e fronteiras foram derrubados, e chegamos ao mundo contemporâneo.


Sartre uma certa vez disse, “O homem está condenado à Liberdade”. Mas convém voltarmos ao começo do texto e nos perguntar: “O que é liberdade”.


Steven Pinker, em seu artigo entitulado “Sobre Santos e Demônios” disserta sobre a variedade do conceito de Moral. O que o valor social ensina que é certo para o seu filho, o que você ensina de bom valor à sua filha. Por mais que se trabalhe em cima desses valores, sempre haverá algum momento em que perguntas irão ecoar na cabeça desse ser-humano. “Mas por que não posso fazer isso”. Tudo bem que não é normal a maioria das pessoas se perguntarem isso. Mas aquele que possuem a vontade se sentirem verdadeiramente livres procurarão o máximo em oportunidades de viver.


Quando Pinker fala sobre as “Ilusões Morais” ele desmistifica toda uma visão criada por uma cultura imposta que identifica e taxa pessoas. Quem é do Bem, quem é do Mal. Hoje, o Bem e o Mal são conceitos muito mais complexo que a própria liberdade. Por isso, nos concentremos na Liberdade.


Com a afirmativa de Sartre, o estudo da história, a leitura dos artigos de Steven Pinker e de Slavoj Zizek (A falha da Bio-ética) constatamos que, embora sempre procure a liberdade, esse lugar ao sol, o homem nunca o será. Poderá, por pouco tempo sentir-se livre, mas em pouco tempo, ele acharia algo a se atrelar, a servir e a se limitar. Liberdade, ao ponto da palavra é fazer o que bem quer e o que bem entende. Porém, não há como sê-lo. Um antigo ditado resume toda essa “vã filosofia”: A sua liberdade acaba quando começa a do seu próximo.


Assim como todo animal, o ser-humano procura atingir o topo, seja ele qual a sua sociedade eleger como. E para não acontecer como na própria natureza, o próprio homem vai delimitar um espaço, para se auto-proteger. Os psicólogos já atentam para isso. A auto-defesa, o interrelacionamento entre ID, Ego e Super-ego. Tudo isso mostra um mecanismo de auto-inibição, cultivo e castração de prazeres por sobrevivência social. Desde sempre (quando nascemos) somos treinados a ter um tipo de visão. A educação dos pais, dos colégios, das babas, do meio, tudo isso vai influenciar no futuro cidadão.


Com o desenvolvimento da ciência, já é possível fazer manipulações genéticas que “farão” o filho da maneira que o consumidor quiser, como alerta o artigo “A falha da Bio-ética” de Slavoj Zizek. Os filhos já poderão vir no “formato” que seus pais quiserem. Ou seja, é “algemado” mesmo antes de nascer às vontades dos pais.


Talvez Sartre esteja certo em sua afirmação em que diz que “O homem está condenado à liberdade”. Mas porque o ser-humano sempre busca por ela, essa incansável luta contra correntes. Um dia, talvez o homem seja realmente livre, assim como deseja o filósofo. Mas por enquanto, vivemos presos a valores, éticas, culturas, costumes e à própria ideia de Liberdade.


Por Renan de Andrade