segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Onde os Fracos não tem Vez





Nesta noite foi entregue as estatuetazinhas do Oscar, prêmio maximo do "pobre" cinema americano. Isso segundo alguns críticos chatos, saudosistas e insuportáveis. Pessoas que "entendem" demais de arte e se acham no direito de esculachar aquilo que não satisfazem seu gosto, ou suas emoções conturbada de sua infância castrada.

Pois bem, o legal de se ter o blog é a chance que você tem de esculhambar com quem só faz esculhambar e não aceitam o novo. Em um dos meus primeiros posts falei do problema da política cultural cearense. É um setor comandado por velhos, com sua "arte" ultrapassada e que vivem de suas influências políticas, fazendo filmes, musica, peças, exposições fotográficas, seja la o que for, sobre assuntos que não tem mais o que acrescentar a ninguem. Talvez por ter sido tão insitentemente abordada de maneiras tão "artisticas" sem se preocupar com a comunicação com o público que beira a pena. Enfim, isso é só um pouco da minha revolta pelos "responsáveis" da cultura local serem regionalistas demais, e não preocuparem em, antes de mais nada, serem brasileiros, e entrarem em contato com o novo, evitando que novos valores apareçam, tententando mudar tudo aquilo o que é chato.

Acho que isso também envolve um pouco dos ditos "Cults". Não tem como não se estressar com essa tribo. É quase a mesma coisa que um Emo. "Assisto filmes. Oh, sou um intelectual" Premissa básica deles. Chatos, insuportáveis, e de certa maneira preconceituosos. Em primeiro lugar, indivíduos... o intelectuo há de ser compreendido. Todos nós somos intelectuais, todos pensamos, temos histórias e estórias. Temos dramas, suspense, humor. Fazemos parte daquilo que chamamos "montanha-russa da vida"... vocês realmente se acham melhores que um playboyzinho criado e bancado pelo papai? Quem sabe num vá ser ele que vá salvar sua vida em um processo movido por alguem, defendendo sua causa... ou quem sabe, num vá ser ele que vá dar 10 centavos para ajudar você a comprar sua cana, lá no Dragão do Mar. Por tanto, retenha-se a suas e as nossas mediocridades perante o universo.

Assim como o mundo, todos os dias a arte muda. Novas mídias, novas ideias, novas propostas. E o que eu vejo é que por aqui não há a vontade dos "artistas" de fazerem algo realmente interessante, que não se retenha à pena do pobre coitado sofredor da seca, mas sim que tenha o peito e a coragem como Glauber Rocha (que não precisou se dizer baiano para revolucionar o cinema mundial), Fernando Meireles e José Padilha. Que tenham o coração de Walter Sales, que tenham a inovação linguistica de Heitor Dhalia. Sabe-se que no Brasil há um celeiro de criatividade esperando por uma chance que não depende apenas do governo, mas sim de toda uma geração ultrapassada saírem de cena, e dar espaço a outros.

Viva a cultura Pop. Viva a estética. Viva a velocidade. Viva a sonoridade. Viva os Irmãos Coen. Viva o novo cinema francês. Viva o cine-entretenimento americano. Viva o samba e a bossa brasileira, e seu cine-realidade. Viva o mercado exigente. Viva as novidades. É, velharada, chega da cor marrom-terra, chega de seca, chega de sertão, praia e cariri, chega de cine-pena (aqueles filmes que parecem que foram feitos por pena de alguma pessoa que vive de cede no sertão, por exemplo), chega de saudosismo. Viva a Tecnologia e a cultura pop, pois esse é o nosso tempo.

E o Oscarvai para...

Sobre o Oscar...

1. José Wilker é um chato... O Ultimato Bourne não é o melhor filem do mundo, não se encaixa no papel de "arte", mas faz o papel de arte-entretenimento que tanto defendo, uma montanha-russa de diversão dentro da sala de cinema. Eu me tremia "todim" quando o Wilker comentava alguma premiação ao filme com as mesmas palavras: "É, o filme só fala disso mesmo". Oh imbecil, pro filme ter suspense, ele precisa ter um roteiro muito bem elaborado, uma produção muito boa, uma boa direção, e um grande montagem... então pare de dizer que o filme só fala disso... ele foi feito para isso: Divertir as pessoas, e ponto.

2.
Marion Cotillard (a atriz mais linda do novo cine francês) venceu o Oscar pelo seu impecável trabalho em Piaf- Um hino ao Amor. Na minha opinião, o premio mais merecido e melhor bem dado na festa.

3. Impecável discurso de Ethan Coen: "Obrigado". E pra completar com a vitória na categoria de direção... "Não tenho muito a acrescentar ao meu discurso anterior. Então, Obrigado".

4. Piadas chatas. Não aguento mais ouvir falar do Iraque, e a galera bota pra apresentar um prêmio, soldados la em Bagdá. Minha Nossa Senhora (Sempre me pergunto, como a dita Senhora é Minha e é Nossa ao mesmo tempo?) a pena deles também é chata.

Acho que uma musica muito bem relacionada a esse texto é "Como nossos pais", na revoltada voz de Elis Regina!!

É só pessoal...

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