domingo, 12 de outubro de 2008

Aqui, deixo...

Abdicar... por isso somos perfeitos. Dentre tantas imperfeções o ser-humano se mostra fruto da negação. Aceitar os fatos como são o levam à agonia, à dor, e a perseverança dá lugar ao desespero, e ao simples fato de renegar tudo aquilo que uma vez foi sonhado.

Somos perfeitos, pois somos alpha e zetha. O início surge de um fim, e o fim nada mais é que a morte. Simbolos que procrastinam a indugência de factualmente regeitar o ser e transformar-se humano... por natureza. E no refugio da alma encontramos uma saida... abdicar os ideais em prol de um novo horizonte, de uma nova era, de um novo rumo. A futilidade que nasce no amago de nosso espirito se transforma em uma rocha concreta, cheia de ideias que nos levam a sabedoria popular de um inconsciente coletivo, transtornado-nos, escondendo sentimentos no mais profundo e obscuro mundo que fazemos questão de perder. E são essas perdas que nos moldam, que nos multam.

Somos vivos por abdicar o real e refougar-se nas sensações profundas de amor. Somos amantes do nada, pois no nada se encontram nossas projeções que através de lampejos nos dizem "a vida é essa". Mas a vida está morta. Pois a morte é o unico fato, pois é o recomeço de tudo, é um sol que se levanta por detras das mais altas colinas, e que com sua luz branca nos faz enxergar o que é ser humano, e o quão verde são nossos quintais.

Pois estou aqui a abdicar a morte, esperando a vida me atingir... abdicando a chegada do sol, abdicando o amor, abdicando todas as sensações. Somos ferteis de sentimentos, e estou aqui, abdicando de tudo, esperando que a flecha me traga o real. Sim, o real que o mundo tem para nos dar. Abdico meu ser, abdico para você me mostrar a razão do sonho e o sonho de uma razão...

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