terça-feira, 2 de setembro de 2008

Johnny não é O cara!

Das metáforas desse mundo me aqueço! De figuras que alimentam minhas esperanças sobrevivo cada dia, sem o arrependimento de ontem, sem o desejar o passado, sem sentir falta. São só bolhas, já diziam. São só nuvens, névoas, brisas, ventanias, seja o que for... vai passar! Porque tudo passa, até mesmo a Vida, e não percebemos, pois somos exageradamente bucólicos.

Somos criaturas. Somos criados. Somos adestrados. A liberdade é utópica, mas necessária para percorremos o caminho que chamamos vida. Levantar sempre que existir uma pedra. Suspirar sempre que vemos um novo nascer do Sol.

Falo da vida de Johnny... aquele sujeito desastroso. Sim, Johnny foi à guerra e voltou vivo. Novo. Um novo Johnny. Sim, sim, salabim. Johnny viu o inferno. Ele sentiu o ar quente que subia do chão imundo e nefasto, coberto com o enxofre que encardia as narinas do pobre Johnny. Pobre, nada. Johnny viu, sentiu e cheirou o inferno. Mas Johnny voltou. Fez o que Orfeu e Dante tentaram. Sim ele sobreviveu.

Johnny tenta, e tenta, e tenta. Mas a vida, pra ele é como uma brisa vinda do mar. Pra ela correr, precisa de um sol ardente, ou se não tiver, ela trás uma tempestade furiosa. É Johnny. Nasceu e pouco viveu. Pouco dividiu. Pouco sentiu a verdadeira graça.

"Mas qual a graça?", perguntou Johnny. A graça disso tudo. A divisão, o conflito, o embate, a discussão, a confusão e, finalmente, a paz.

É Johnny, continue tentando... você ainda não é O Cara!!!

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