domingo, 20 de abril de 2008

Quem é mais chato?

Pra vocês... Quem é mais chato:

Chicletero x Metaleiro x Forrozeiro?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sexo Feminino x Evolução

Por Felipe Fernandes (ou Finch, pros mais intimos)

A época do colégio é marcante para todas as pessoas (que estudaram, óbvio). Por marcante quero dizer: boa, ruim, emocionante, irritante, as vezes satisfatória e, quem sabe algumas vezes, ilusória. Para mim não é diferente, aprendi muita coisa boa no colégio (que alguma parte, infelizmente, já foi desaprendida) e muita coisa ruim (que alguma parte, infelizmente, não foi desaprendida). Lembro de muitas pessoas e estórias que acho interessante compartilhar. Esse texto se trata, como se pode imaginar, de uma dessas pessoas e uma dessas estórias...

A fim de preservar sua privacidade e imagem perante seus conhecidos e familiares, chamarei essa pessoa, um professor meu da minha época de colégio, de Gilmar, Professor Gilmar. Ele era daqueles professores “gente boa”, demonstrando vasto conhecimento em todas as áreas básicas da ciência (e não só na sua especialidade, a Física), respeitava os alunos e eles o respeitavam. Era de se esperar que tal comportamento fosse levar alguns alunos a admirá-lo não só como professional, mas como pessoa. Era comum, depois das aulas, alguns alunos (incluindo eu), reunirem-se em volta de sua mesa e conversar sobre os mais diversos assuntos, de Física até a Playboy da Mel Lisboa (boas recordações).

Lembro muito bem que um dia, logo depois de falarmos sobre alguma gostosa do Big Brother, alguem fez um comentário sobre silicone obrigando a humanidade a evoluir a um estágio bem mais adaptado ao nosso mundo moderno. Gargalhadas e “salgas” depois, Prof. Gilmar resolveu falar:

“Evolução... parece interessante, mas eu não acredito nisso não! – seguido de um silêncio assombroso, afinal, estavamos estudando Evolução nas aulas de biologia. -Vejam bem, a fertilidade média da mulher brasileira é em torno de 2 filhos e é unanimidade entre os médicos que os bebês devem ser amamentados, no mínimo, até o primeiro ano de vida. Entretanto, vamos estabelecer que cada bebê mama, em média, 1,5 anos. Esse é meu caso, tenho 2 filhas e cada uma mamou durante 1 ano e meio, ou seja, o corpo da minha mulher se dedicou a amamentação por 3 anos, enquanto o nosso casamento já dura 13 anos. Assim, temos 3 para as crianças e 13 para mim, mais de 4 vezes o valor. Conclusão óbvia e lógica: A funcionalidade dos seios de minha mulher devem sofrer mais influencia da minha natureza do que a natureza de minhas filhas. Ou seja, se a Teoria da Evolução estivesse correta, a ultima coisa que ia ser produzida nas glândulas mamárias seria Leite. Quem sabe uma cervejinha... ou, por meio da diversificação intraespecial, um Chopizinho... Podendo aproveitar a simetria e deixar um dando Chopp com colarinho e outro sem. Ou quem sabe algo mais sofisticado evolutivamente falando, como por exemplo, Whisky e energético, Vodca e suco de laranja, ou, para agradar as pressões evolutivas de gregos e troianos, uma boa Coca-Cola bem gelada. É um passo em direção a adaptação, não tem pra onde correr... Agora, além de buscar uma mulher que satisfaça seu perfil social/profissional/pessoal/sexual, buscará uma mulher que produz aquilo que você mais gosta. Isso aumenta a compatibilidade das uniões, com maior chances de prosperidade para toda a espécie. Entretanto, como, infelizmente, vemos, as coisas não funcionam desse jeito”.

Chupa, Darwin!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A bola continua a girar


"Sou Alvinegro
O meu clube é raça, amor e paixão
Amo meu vozão
Penta-campeão"

(Ritimo da musica do Esporte Espetacular)

Aqueles que não curtem futebol deixam de ser um pouco brasileiro. Aqueles que criticam o futebol são idiotas, pois é um dos unicos aspectos do nosso país respeitados por todos no mundo. O Samba, a bossa, a nossa cultura gira como uma bola pelos gramados, campos de varzea, quadras, ou mesmo o local improvisado em todo Brasil.

E assim sobrevivemos, assim sentimos prazeres, assim vibramos... como em uma partida com lances duros, mágicos, tensos, felizes, tristes, de raiva...

Nada se compara ao sentimento de da vibração das arqubancadas com o pulo e os cantos das torcidas. Sugiro que todos dêem a si mesmo a chance de ir a um jogo de futebol sentir o clima do antes, com a chegada dos torcedores, uma cerveja gelada, um "cai-duro", um espetinho de carne ou frango, os gritos de guerra, até todos os momentos que o estádio proporciona.

Aqui inalguro artigos sobre a maior de todas as culturas brasileira. O nosso maior escudo. O futebol.

"A ida da Copa de 2014 para o Brasil é a peregrinação à Meca do Futebol" (Michel Platini - Jogou as copas de 1982 e 1986 pela seleção Francesa e atual presidente da UEFA)

P.S. O Samba precisa voltar às arquibancadas!!!!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ética e Liberdade



Por muito tempo, séculos, milênios, um assunto vem sendo debatido. Seja no meio filosófico, sociológico, ou mesmo dentro de uma conversa convencional, ou banal. O que é liberdade, ou melhor, somos animais livres, ou, ainda mais, existe essa tal liberdade?


Dentro dos parâmetros e valores espalhados pela Revolução Francesa (ou, em qualquer tipo de revolução), o homem (entenda-se Ser-humano) precisa de um lugar ao sol e de ar puro a respirar, sentir a liberdade – Liberté, Fraternité, Igualité – mas alem de tudo, o homem precisa ter a liberdade para escolher seu próprio destino. Ter a chance e a oportunidade de ascender dentro de uma sociedade. Contemporaneamente, essa mesma revolução contaminou outras nações. Junto à ideais nascentes dos britânicos, independências foram proclamadas e escravos libertados. O homem ganhava sua liberdade.


Mas ao mesmo tempo, se tornava mais uma vez escravo. Preso aos problemas sociais de um novo sistema que era absolutamente seletivo. Emergia, então, diversos tipos de sentimentos comuns de antigamente: o anti-semitismo; o nacionalismo; o bairrismo. E mais uma vez o homem se revoltou. Guerras foram travadas. Guerras foram vencidas. Outras surgiam. E a busca à liberdade deu margem a outro sentimento: o medo. Mas uma vez, o homem se escravizou.


O medo da destruição, do holocausto nuclear, tudo isso criou um clima para “mandos” e “desmandos” dos que estavam no poder, pois estes, também tinham medo. O tempo foi passando e o “bom-senso” imperando. Muros e fronteiras foram derrubados, e chegamos ao mundo contemporâneo.


Sartre uma certa vez disse, “O homem está condenado à Liberdade”. Mas convém voltarmos ao começo do texto e nos perguntar: “O que é liberdade”.


Steven Pinker, em seu artigo entitulado “Sobre Santos e Demônios” disserta sobre a variedade do conceito de Moral. O que o valor social ensina que é certo para o seu filho, o que você ensina de bom valor à sua filha. Por mais que se trabalhe em cima desses valores, sempre haverá algum momento em que perguntas irão ecoar na cabeça desse ser-humano. “Mas por que não posso fazer isso”. Tudo bem que não é normal a maioria das pessoas se perguntarem isso. Mas aquele que possuem a vontade se sentirem verdadeiramente livres procurarão o máximo em oportunidades de viver.


Quando Pinker fala sobre as “Ilusões Morais” ele desmistifica toda uma visão criada por uma cultura imposta que identifica e taxa pessoas. Quem é do Bem, quem é do Mal. Hoje, o Bem e o Mal são conceitos muito mais complexo que a própria liberdade. Por isso, nos concentremos na Liberdade.


Com a afirmativa de Sartre, o estudo da história, a leitura dos artigos de Steven Pinker e de Slavoj Zizek (A falha da Bio-ética) constatamos que, embora sempre procure a liberdade, esse lugar ao sol, o homem nunca o será. Poderá, por pouco tempo sentir-se livre, mas em pouco tempo, ele acharia algo a se atrelar, a servir e a se limitar. Liberdade, ao ponto da palavra é fazer o que bem quer e o que bem entende. Porém, não há como sê-lo. Um antigo ditado resume toda essa “vã filosofia”: A sua liberdade acaba quando começa a do seu próximo.


Assim como todo animal, o ser-humano procura atingir o topo, seja ele qual a sua sociedade eleger como. E para não acontecer como na própria natureza, o próprio homem vai delimitar um espaço, para se auto-proteger. Os psicólogos já atentam para isso. A auto-defesa, o interrelacionamento entre ID, Ego e Super-ego. Tudo isso mostra um mecanismo de auto-inibição, cultivo e castração de prazeres por sobrevivência social. Desde sempre (quando nascemos) somos treinados a ter um tipo de visão. A educação dos pais, dos colégios, das babas, do meio, tudo isso vai influenciar no futuro cidadão.


Com o desenvolvimento da ciência, já é possível fazer manipulações genéticas que “farão” o filho da maneira que o consumidor quiser, como alerta o artigo “A falha da Bio-ética” de Slavoj Zizek. Os filhos já poderão vir no “formato” que seus pais quiserem. Ou seja, é “algemado” mesmo antes de nascer às vontades dos pais.


Talvez Sartre esteja certo em sua afirmação em que diz que “O homem está condenado à liberdade”. Mas porque o ser-humano sempre busca por ela, essa incansável luta contra correntes. Um dia, talvez o homem seja realmente livre, assim como deseja o filósofo. Mas por enquanto, vivemos presos a valores, éticas, culturas, costumes e à própria ideia de Liberdade.


Por Renan de Andrade

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (2ª Parte)


Tentando ser mais objetivo...

Amanheceu o segundo dia, e o céu do Rio de Janeiro continua azul, com um forte sol iluminado toda orla, o centro e o Redentor. Nos levantamos cedo. Pegamos o metrô e dessemos na estação Catete. Lá saimos em frente ao Palácio do Catete, antiga sede do governo brasileiro, onde se ensaiou os primeiros passos da República Federativa do Brasil, e onde Getúlio Vargas se suicidou. Hoje transformado no Museu da República, o ponto eu referencio, ótimo lugar para se aprender muito sobre parte da história da nossa política.

Ao chegar por lá, as 10h, o palácio estava fechado. Descontente procuramos um canto para tentar passar um tempo. Era o centro do Rio, e achamos um barzinho chamado Bar do Getúlio. Não era o bar que o nosse ex-presidente fazia seu "Happy-hour", muito menos o bar frequentado por Carlos Lacerda. Mas é o bar que resgatou toda a memória do local, com charges proibidas na época da ditadura de Vargas na década de trinta, fotos da época, e principalmente a ambientação. Pedimos um chopp. Mais uma delícia do Rio. La conversamos um pouco sobre história com um jovem garço que nos ensinou e disse pra fazer um percurso que seria os passos da familia real no Brasil, e da época imperial.

Pois bem, depois de 3 chopps pra cada, pagamos a conta e fomos visitar o local... A sensação de andar pela antiga sede do governo é embreagante (não, não era o chopp). Não há como não ficar enfeitiçado pelo radio antigo tocando músicas das campanhas políticas de Vargas. Ou fotos dos Barões e suas vestimentas antigas, primeiros donos do palácio. Dava pra sentir os seus fantasmas rondando as salas. E por falar em fantasma, o climax está ao entrar na anti-sala onde está a roupa usada por Vargas na noite de seu suicídio, e o seu quarto. Um clima fúnebre, frio, e tocante, ao som da leitura da carta de suicídio e de uma música funebre de Villa-Lobos cujo o nome me foge a memória.

A cada passo dado para sair, tentei fugir um pouco da maresia histórica que o local me envolvia. Para relaxar um pouco, andamos pelos jardins do palácio, com gigantescas palmeiras imperiais que atingia 20 metros de altura, fontes, um belo jardim, crianças que brincavam e velhos que liam jornais e discutiam política nos bancos muito bem conservados. Deixamos o museu e decidimos... vamos voltar ao Bar do Getúlio e beber mais uns chopps. Maravilha! Fizemos, mesmo contrariados pela cunhada.

Voltamos a Copacabana, almoçamos e fomos direto para o Leblon. O bairro mais charmoso do Rio de Janeiro. Loja de grifes famosas, segurança por todo o percurso, tudo girava bem no Leblon. Atingimos as calçadas da praia, e andando chegamos em Ipanema. Praia de mulheres lindas, brilhando e despojando toda sua beleza pra todos os marmanjos que queiram ver (e quanto eu ví). A tarde caía, e achamos a rua do poeta... rua Vinícius de Moraes. Entramos nela e lá achamos o espirito do poeta, as garotas de Ipanema, as mulheres, música e letra de Vinícius. Descemos a Rua Vinícius de Moraes, fomos até a Nascimento Silva e procuramos a casa de numero 107, onde funciona o Vinicius Piano Bar. Pois bem, voltamos pra casa, botamos roupas melhores e voltamos à rua do poeta.

Primeiro, sentamos do Bar do Vinícius, onde no segundo andar funciona uma casa onde toca bossa, e lá estava acontecendo um show da Maria Creuza, cantando, adivinha... Vinicius de Moraes. Bebemos Chopp, comemos uma deliciosa picanha, e depois de um bom tempo e de boas conversas, saimos. Andamos um pouco pela rua e la vimos, o Bar Garota de Ipanema, Conversa Fiada e a Livraria Toca do Vinícius. Pegamos um Taxi e fomos até o Leblon, onde conhecemos o famoso bar Devassa. Cansados voltamos pra casa.

No dia seguinte, levantamos cedo e fomos pra praia de Ipanema, Posto 9. Encontramos com meu primo e sua noiva. Andei um pouco pelas areias, e o ví... mulher mais gostosa que já vi na vida... pena que ela me olhava como um inseto... foda-se pensei, não deixei de secá-la, nossa, permitam-me, pois um bocado de urubus cariocas pit-boys estavam de queixos caidos... imagine eu, então. Perfeita.

Aiai...

Resolvi esfriar a cabeça e tomar um banho nas aguas frias da praia carioca. Saimos e já era 14h, fomos almoçar no Garota de Ipanema. uma delícia. Estava com a camisa do Alvinegro Glorioso, o vozão, do coração do povão. E me senti em casa. Garçons cearenses vinham até mim, cumprimentavam, e mais de 6 pessoas estenderam a mão até mim dizendo "dá-lhe vozão"! Como as pessoas são inteligentes.. tudo isso em menos de 10 minutos. Almoçamos e gastamos mais de 40 reais em chopp... cada um! Dinheiro muito bem gasto. Vinicius e Tom Jobim nos abençoaram naquela tarde. Era o terceiro dia de sol na Cidade Maravilhosa, e os cariocas aproveitavam. Nós cearenses também.

A noite, foi a vez da Lapa. A essência da cultura do Rio e do Brasil. A mais famosa, claro. La se encontrava Cartola, Madame Satã, e todos os clássicos artista. Fernando Pessoa quando estava no Brasil, ia para a Lapa. Carlo Drummound de Andrade, também. E os maiores sambistas vieram de lá. A melhor música do mundo vinha de lá. E o samba do Rio 40 graus troava e faziam as pessoas vibrarem. Mas, claro, é necessário ficar de olho. No Rio, ainda tem muito "malandro" que não pode ver uma oportunidade.

O Ultimo dia!

Acordamos mais tarde... Saimos com a intenção de ver mais história. Saimos numa van e fomos ao centro do Rio. Seguimos o passo imperial. Paramos na praça do Theatro Municipal, imponente com suas colunas gregas, as câmaras municipais, todas com arquitetura clássica, da época do império, que lembra a europa francesa. Lá avistamos o Bar Amarelinho. Funcionando na Cinelândia desde 1921. Ficamos lá até as 15h, e sem exitar... é o melhor chopp do Rio, tira gostos excelentes, uma maravilha. Vale a pena ir la. Depois fomos ao Museu Histórico Nacional... esse merece um texto só sobre ele... o mais sensacional museu histórico que eu já visitei, apesar de num ter visitado tantos, mas pelo menos melhor q o dos "portuga" é. La vemos sessões sobre os indios encontrados pelos portugueses, a chegada da família real, a indapendência, o império, as guerras (Principalmente a do Paraguai, com amostra de afrescos e arsenal da época), e começo da pública. Também tendo espaço para outras exposições.

De lá, fomos direto pro shopping, onde o pessoal queria assistir uma peça de teatro. "Dona flor e seus dois maridos", com Marcelo Faria, Dado Rodrigues e Carol Castro. Todos queriam ver de perto os "famosos". Eu particularmente, não ia gastar 60 contos pra assistir essa peça. o pessoal foi, eu fiquei rodando o shopping, fui a livrarias, e depois fiquei em frente ao teatro esperando terminar. Quando me dou de conta, está o Marcelo Farias (que deve ter 1,65m de altura no maximo) conversando com o porteiro. Ele entra no teatro por uma porta que deve dar aos camarins. E depois, a Carol Castro senta ao meu lado, primeiro naum tinha reparado, mas depois me toquei. Baixinha, magrinha e bonitinha... ela parece....... igual a todo mundo... todos eles são seres humanos... que grande coisa.

Quando sairam do teatro, fomos em casa, tomamos um rápido banho e fomos ao Devassa, no Leblon. Bebemos e encerramos nossa ultima noite no Rio. No dia seguinte, domingo de Páscoa, voltamos para Fortaleza, a tempo de pegarmos o jogo do Vozão. Foi uma ótima semana. Um lindo lugar que me fez refletir mais sobre meu Brasil. E me deu mais vontade de conhecer novos lugares. O Rio encanta... o Rio enfeitiça... o Rio clama para que todos o vejam de perto. E eu, particularmente, recomendo!

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo! (1ª Parte)


Nem Vinícius de Moraes, nem Tom Jobim, nem a Garota de Ipanema, nem a antiga República me chamavam a atenção para a nossa antiga capital da República. Desse argumento cito o Rio de Janeiro. Confesso que nunca tinha visitado, e nesse feriadão ultimo, resolvi conhecer a Cidade Maravilhosa. E ví o quanto ela brilha, e sinto o quanto ela encanta. Sim... sim, aqui farei um relato de minha breve passagem por aquela cidade que respira as poesias de Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, assuvia as notas de Tom, lava nossa vista com as curvas de Helô Pinheiro, e nos faz, principalmente, querer sambar.

Era uma terça-feira, dia 18 de março. Um dia antes, chuvas torrenciais massacravam a capital carioca. Nuvens cobriam a nossa Fortaleza. Antes de partir, eu e meus companheiros (meu irmão, sua mulher, meu primo e a sua futura esposa) compramos aquilo que seria o primeiro passo para a essência do Rio de Janeiro: um chopp. Bebemos, embarcamos e decolamos. Após 3 horas e dez de viagem, pousamos no Galeão. Era 19:30 e meu primo estava nos esperamos. Fomos pra casa (de uma tia minha, abençoada seja ela) onde passariamos esses dias, localizada na Tijuca, um bairro central e de ótima qualidade. Conversamos um pouco nos familiarizando com meu primo Ricardo, a ajudante do lar Celestina (potiguar do Panema) e seu filho, Julio de 9 anos. Pois bem, queriamos de já aproveitar. Nos aprotamos e partimos par o primeiro barzinho que achacemos. Nos indicaram o "Garota da Tijuca". La, pela primeira vez bebi um chopp de verdade, aquele que desce tão suave quanto um gole gelado de agua em uma manhã quente e que refresca todo um corpo cansado pelo castigo do calor. E ai começou o meu Rio de Janeiro.

Saimos do bar onde fomos muito bem atendidos por um garçon cearense e fomos pra casa, o proximo dia seria de grande movimento.

Amanheceu e o relógio marcava 9 horas. O ceu estava limpo, como o Rio não via a quase duas semanas. Nesse quesito, fomos abençoados pela sorte. Queriamos que o sol brilhasse por toda nossa visita. Puxei o ar com força e senti o cheiro diferente da cidade. Um cheiro bom, de história, de cultura, de "malandragem", mas principalmente, de cidade. Nos arrumamos e entramos no carro. Fomo direto conhecer o principal ponto turistico do Rio: o Cristo Redentor. Pagamos R$ 36 reais por cabeça elo passeio do bonde que leva ao corcovado. Nos misturamos a inúmeros turistas do mundo todo querendo conhecer a mais nova maravilha do mundo contemporâneo.

A subida parecia mais um trailer do que poderiamos esperar do Corcovado. A vista espetacular da cidade. de vez em quando, um trecho aberto mostrava um pouco do imenso Rio de Janeiro. E na primeira vez que tivemos uma vista mais limpa da cidade do alto, mas ainda no bonde, um Ohhhh dos turistas foi expressado, uma vista que causa arrepios. Um grupo de Samba cantando "você pagou com traição, a quem sempre te deu amor" (não me lembro o nome da música, me ajudem). Chegamos ao topo do Corcovado, e o que mais queriamos era subir mais, ficar aos pés do Cristo, e ver toda a cidade. Subi, e subi, e esqueci dos companheiro, até o topo. E lá parei. Assim descobri, que a maravilha não é o cristo, mas a vista que ele achou para com suas mãos abençoar toda aquela cidade maravilhosa. Por um tempo passei la, tirei fotos e desci.

Saimos, sentamos em um quiosque e bebemos mais um chopp. Decidimos ir, então pra Copacabana, o bairro mais tradicional do Rio. Pegamos, então um taxi, chegamos à Av. Atantico, passamos em frente ao imponente Copacabana Palace. Fomos até o apartamento dos tios de minha cunhada. La sua tia, uma senhora muito simpática, nos apresentou o bairro de Copacabana, a pé. Sim, sim, esse lado do Rio é muito seguro. Nem lembrava dos noticiários de violência. Pela Av. Nossa Senhora de Copacabana, conhecemos muita coisa, e almoçamos no Solario, restaurante self-service. Andamos bastante, conhecemos mais bares cujo nome não me lembro, mas de chopp inesquecível. voltamos pegamos o metrô e fomos para casa, descançar 10 minutos e sair, pois, seguindo o programa, iamos conhecer o Gigante: o maraca, Estádio Maracanã, assistir ao jogo Flamengo x Nacional.

Era 21h, estava em cima da hora do jogo. filas enormes. Polícia agindo como o Cap. Nacimento do Tropa de Elite para organizar a fila ("Todo mundo, um atras do outro, bando de Filhos da Puta. Quem não obedecer vai levar porrada e vai pro fim da fila. Tão ouvindo?! Façam fila porra!"). Não achei ruim, pelo menos organizou. Compramos o ingresso, o jogo já havia começado. mas nada de gols. Entramos na correria. Mas a cada passo sentia um frio na barriga, vendo imagens na minha cabeça que só vi pela TV. Veio a imagem de Belline levantando a taça de campeão do mundo, Pelé marcando o milésimo, das torcidas de Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Imagens dos confrontos entre, Zico e Roberto Dinamite. Os dribles de Garrincha. Mas principalmente, antevi o movimento que a Copa do mundo de 2014 fará naquele estádio.

Fora um momento sublime pra mim, que por todo o momento me senti mais saudosista que qualquer louco por futebol que o mundo e o meu Brasil já produziu. Pra onde eu olhava, me lembrava de uma imagam. Mal prestava atenção ao jogo que corria aos gritos fanáticos da torcida flamenguista (lembrando muito a torcida do meu vozão). Vi no gramado Giggia correndo e descendo pelo flanco direito, em diagonal, chegando perto do gol de Barbosa, entrando sozinho, deixando os zagueiros brasileiros para traz, chutando para o gol, onde a bola passou por baixo do corpo do nosso goleiro e calando, ensurdecedoramente o Gigante. O Uruguai era campeão do mundo em 1950, causando aflição nacional.

No jogo, Flamengo venceu por 2 x 0. Demoramos a sair, pois queriamos esperar os 40 mil torcedores sairem primeiro. e deixamos o estádio. Descansar e aproveitar o próximo dia.

P.S. Itaipava... sensacional.

Continua...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sim... Eu continuo a escrever!!

Bom pessoal... há muito não escrevo, mas isso foi por causa do meu isolamento para o conhecimento de uma das mais belas cidades do mundo... Nosso Rio de Janeiro.

Sim, Sim... me impressionei demais com a Cidade Maravilhosa, que se desmitificou para mim. Violência Zero, não escutei uma sirene, e nenhuma diferença com a minha Capital Cearense.

Logo mais postarei sobre a viagem... agora vou ficar escutando Antônio Brasileiro Jobim e Cartola!!

Em breve, Rio de Janeiro aos meus olhos!

P.S. Ultimo filme visto - Batismo de Sangue - Recomendo a qualquer estúpido que um dia já defendeu a ditadura, como já ouvi algumas pessoas defenderem (pessoas sem nenhuma noção da realidade, digo)